Em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) houve a estreia da exposição de ciências e artes Cosmologias e Cosmopolíticas Afropindorâmicas.
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro
O Planetário do Rio está completando 54 anos e, neste sábado, as comemorações pelo aniversário têm como destaque as contribuições dos povos indígenas e da África ao encantamento que o ser humano tem, desde a Antiguidade, pelos temas do universo e do desconhecido. A partir das 10h, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) houve a estreia da exposição de ciências e artes Cosmologias e Cosmopolíticas Afropindorâmicas.

A exposição, idealizada e coordenada pelo professor Alan Alves Brito (UFRGS), apresenta distintas perspectivas sobre as relações céu-território de povos africanos, afro-brasileiros e indígenas. Na abertura da exposição, o curador Alan Brito participa de uma visita mediada para explicar ao público detalhes da exposição.
Em seguida, na cúpula Carl Sagan será apresentado um vídeo sobre o processo criativo da exposição. Para participar, é preciso se inscrever no site ou retirar o ingresso na bilheteria.
Na parte da tarde, a partir das 15h15, houve nova roda de conversa sobre o processo criativo da exposição e nova visita mediada com o curador da mostra. Alan Brito fala sobre o sentido da exposição. “Apresentamos cosmopoéticas sobre as formas de olhar, pensar, sentir e se relacionar com os “pluri-versos”. Trata-se de uma exposição artístico-científica para recuperarmos o passado, nos sentindo responsáveis, no presente, pela construção de futuros outros”.
Povos indígenas
A professora Julia Otomorinhori’ô, da etnia Xavante, fez palestra sobre grafismos indígenas, suas superfícies e significados, a partir das 11h. Às 14h30, Ricardo Ybyrîara Ajuricaba Tupinambá falará sobre a cosmologia Tupinambá. Às 16h30, houve roda de conversa com Isael Guarani, que abordará aspectos da cultura de sua etnia no auditório do Planetário.
– A presença indígena no Planetário reforça nosso compromisso em dar protagonismo a diferentes grupos sociais. A nossa nave da ciência se destaca por apresentar uma programação diversa e inclusiva, e não apenas em seu aniversário – avaliou Everton Gomes, secretário municipal de Trabalho e Renda.
Na programação, houve ainda oficina de educação ambiental e interação com animais comandadas pela EcoFuture, das 10h às 11h. À tarde, roda de música e atividades sensoriais com Panos pra Manga, das 15h às 16h. E exposição Olhe para o Céu, que apresenta fotografias de paisagens celestes. Na 7ª edição do Tack Festival, com atrações das 10h às 17h, houve shows de dança, música, cinema a céu aberto e oficinas de arte, atrações circenses, pintura artística e shows de palhaços.