PIB encerra último ‘voo da galinha’ e pousa, no fim do último semestre
Entre as atividades industriais, o desempenho foi puxado pelas quedas de 2,2% nas Indústrias de Transformação e de 0,9% na atividade de Eletricidade e gás. Essas quedas compensaram a alta que houve de 5,3% nas Indústrias Extrativas. Nos três últimos trimestres, o PIB variou positivamente antes de cair, no que os economistas chamam de ‘voo da galinha’.
Entre as atividades industriais, o desempenho foi puxado pelas quedas de 2,2% nas Indústrias de Transformação e de 0,9% na atividade de Eletricidade e gás. Essas quedas compensaram a alta que houve de 5,3% nas Indústrias Extrativas. Nos três últimos trimestres, o PIB variou positivamente antes de cair, no que os economistas chamam de ‘voo da galinha’.
Por Redação - do Rio de Janeiro
O Produto Interno Bruto (PIB) variou -0,1% na comparação do segundo trimestre de 2021 em relação ao primeiro trimestre de 2021, na série com ajuste sazonal, segundo dados divulgados nesta quarta-feira em relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior queda foi da Agropecuária (-2,8%), seguida pela Indústria (-0,2%). O setor de Serviços, por sua vez, apresentou um leve crescimento, de 0,7%.
O PIB em queda reflete o estado da economia brasileira
Entre as atividades industriais, o desempenho foi puxado pelas quedas de 2,2% nas Indústrias de Transformação e de 0,9% na atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos. Essas quedas compensaram a alta que houve de 5,3% nas Indústrias Extrativas e 2,7% na Construção. Nos três últimos trimestres, o PIB variou positivamente antes de cair, no que os economistas chamam de ‘voo da galinha’.
Nos Serviços, houve resultados positivos em Informação e comunicação (5,6%), Outras atividades de serviços (2,1%), Comércio (0,5%), Atividades imobiliárias (0,4%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,3%) e Transporte, armazenagem e correio (0,1%). Houve também estabilidade para Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%).
Consumo
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo apresentou queda (-3,6%), a Despesa de Consumo das Famílias ficou estável (0,0%) e a Despesa de Consumo do Governo cresceu 0,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram crescimento de 9,4%, enquanto as Importações de Bens e Serviços recuaram 0,6% em relação ao primeiro trimestre de 2021.
A Agropecuária recuperou apenas 1,3% em relação a igual período de 2020. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho positivo de alguns produtos da lavoura com safra relevante no segundo trimestre, como a soja (9,8%) e o arroz (4,1%). Em contrapartida, houve recuos nas estimativas de produção anual das culturas de café (-21,0%), algodão (-16,6%) e milho (-11,3%). As estimativas para Pecuária e Produção florestal apontaram contribuição positiva para a Agropecuária neste trimestre.
Atividade
A Indústria cresceu 17,8%. Nesse contexto, a atividade Indústrias de Transformação registrou o melhor resultado com alta de 25,8%, influenciada, principalmente, pelo avanço na fabricação de veículos automotores; de outros equipamentos de transporte; de máquinas e equipamentos; e da metalurgia.
A alta na atividade de Construção (13,1%) foi corroborada pelo aumento do número de pessoas ocupadas no setor e da produção de seus insumos típicos. Esta atividade voltou a ter resultado positivo após cinco trimestres consecutivos de queda.
O setor Indústrias Extrativas apresentou variação positiva de 7%, resultado do aumento na extração de minérios ferrosos, uma vez que a extração de petróleo e gás cresceu menos no período.
Atividades
A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos apresentou alta de 6,7% devido à maior atividade da economia como um todo, já que o segundo trimestre de 2020 foi o auge das restrições durante a pandemia da COVID-19. Este movimento foi capaz de compensar até mesmo o momento com bandeiras tarifárias mais desfavoráveis.
O setor de Serviços avançou 10,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os melhores resultados se deram em Transporte, armazenagem e correio (25,3%) e Comércio (20,9%). As demais atividades também apresentaram resultados positivos: Outras atividades de serviços (16,1%), Informação e comunicação (15,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (4,1%), Atividades imobiliárias (3,5%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,4%).
A Despesa de Consumo das Famílias cresceu 10,8%, explicada pelo efeito base, já que é contra o trimestre com os maiores efeitos da pandemia sobre a economia, além dos programas de apoio do governo do aumento do crédito a pessoas físicas. De outra forma, houve aumento das taxas de juros e, mesmo com o aumento das ocupações na economia, a massa salarial, afetada negativamente pelo aumento da inflação, caiu em relação ao segundo trimestre de 2020.