A gasolina tem sido negociada no Brasil a 9% abaixo do mercado externo, e o diesel está com o preço 8% inferior, o que daria margem para a Petrobras conceder aumentos de R$ 0,31 e R$ 0,43 por litro nas refinarias, respectivamente, para voltar à paridade.
Por Redação - do Rio de Janeiro
A retomada da tendência de alta nos preços do petróleo trouxe de volta o questionamento sobre o reajuste dos combustíveis, no país, às vésperas do segundo turno das eleições presidenciais, por conta da eventual necessidade de a Petrobras ter de reajustar os preços para cima. Segundo dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem do preço da gasolina e do diesel no mercado brasileiro voltou a registrar alta esta semana, após mais de um mês de paridade com o mercado internacional, por conta da alta do petróleo.
A gasolina tem sido negociada no Brasil a 9% abaixo do mercado externo, e o diesel está com o preço 8% inferior, o que daria margem para a Petrobras conceder aumentos de R$ 0,31 e R$ 0,43 por litro nas refinarias, respectivamente, para voltar à paridade.
Diretoria
A pressão sobre os preços das commodities tem levado o governo Jair Bolsonaro (PL) a repensar a troca de diretores da estatal, com o objetivo de impedir que a empresa determine aumento nos preços, antes do fim das eleições, em 30 de outubro. Bolsonaro enfrenta o ex-presidente Lula (PT) no pleito presidencial.
Além de evitar um aumento nos combustíveis que pudesse prejudicar Bolsonaro, o presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, chegou a discutir internamente a possibilidade de reduzir os preços da gasolina e do diesel, buscando gerar notícias positivas para o governo. Os diretores de Finanças e Comercialização e Logística, porém, foram contra. Eles alegaram que, neste momento, os preços internos estão abaixo do que o praticado no mercado internacional.
Com a mudança no cenário global, a Petrobras, pela sua atual política de preços, será forçada em breve a anunciar aumento no preço dos combustíveis.