Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Pesquisadores dizem que computadores logo poderão escrever notícias completas

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Sexta, 15 de Fevereiro de 2019 às 09:27, por: CdB

O OpenAI, grupo apoiado pelo fundador do LinkedIn, Reid Hoffman, foi criado para pesquisar como tornar as cada vez mais poderosas ferramentas de inteligência artificial mais seguras.

Por Redação, com Reuters - de São Francisco/Bruxelas

Um grupo de pesquisa apoiado por pesos pesados do Vale do Silício divulgou na quinta-feira um documento mostrando que a tecnologia capaz de gerar notícias realistas a partir de pouco mais do que uma sugestão de título está pronta para evoluir rapidamente nos próximos anos.
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Computadores logo poderão escrever notícias completas, dizem pesquisadores
O OpenAI, grupo apoiado pelo fundador do LinkedIn, Reid Hoffman, foi criado para pesquisar como tornar as cada vez mais poderosas ferramentas de inteligência artificial mais seguras. O grupo descobriu, entre outras coisas, que os computadores, já usados para escrever breves notícias automáticas baseadas em releases de imprensa, podem ser treinados para ler e escrever blocos de texto longos, de maneira mais fácil do que se pensava anteriormente. Uma das coisas que o grupo mostrou no artigo é que seu modelo é capaz de “escrever notícias sobre cientistas descobrindo unicórnios falantes”. Os pesquisadores querem que seus colegas cientistas comecem a discutir os possíveis efeitos negativos da tecnologia antes de publicarem abertamente todos os avanços, da mesma forma como físicos e geneticistas nucleares consideram de que forma seu trabalho poderia ser mal utilizado antes de torná-lo público. – Parece que há um cenário provável em que haveria progresso constante – disse Alec Radford, um dos co-autores do artigo. “Devemos estar tendo a discussão em torno de se isso continuar a melhorar, quais são as coisas que devemos considerar?” Os chamados modelos de linguagem que permitem que os computadores leiam e escrevam normalmente são “treinados” para tarefas específicas, como traduzir idiomas, responder a perguntas ou resumir textos. Esse treinamento geralmente vem com uma cara supervisão humana e conjuntos de dados especiais. O artigo do OpenAI descobriu que um modelo de linguagem geral, capaz de muitas dessas tarefas especializadas, pode ser treinado sem muita intervenção humana e alimentar-se com textos disponíveis na internet. Isso removeria duas grandes barreiras a seu desenvolvimento. O modelo permanece a alguns anos de trabalhar de forma confiável e requer uma computação em nuvem cara para ser construída. Mas esse custo pode cair rapidamente. – Estamos a alguns anos de isso ser algo que um entusiasta pode fazer em casa de maneira fácil – disse Sam Bowman, professor assistente da Universidade de Nova York, que não esteve envolvido na pesquisa, mas fez uma revisão. “Já é algo que um amador bem financiado com um diploma avançado poderia fazer, com muito trabalho.” Em um movimento que pode desencadear controvérsias, a OpenAI está descrevendo seu trabalho no artigo, mas não divulgou o modelo por preocupação de que poderia ser mal utilizado. – Ainda não estamos em um estágio em que estamos dizendo que isso é um perigo –disse Dario Amodei, diretor de pesquisa da OpenAI. “Estamos tentando conscientizar as pessoas sobre esses problemas e iniciar uma conversa.”

Google e Amazon

O Google, a Amazon e outras empresas de tecnologia terão que dizer às empresas como classificam produtos próprios ou rivais em suas plataformas sob novas regras da União Europeia para impedir práticas injustas de plataformas online e lojas de aplicativos. Proposta pela Comissão Europeia em abril do ano passado, a lei de plataforma para negócios (P2B) atinge o Google Play, o App Store da Apple, a Microsoft Store, a Amazon Marketplace, o eBay e a Fnac Marketplace. O Google foi atingido com uma multa antitruste da UE de 2,42 bilhões de euros em 2017 por favorecer seu próprio serviço de comparação de preços, enquanto reguladores examinam se a Amazon usa dados de lojistas ilegalmente para fazer produtos copiados. As regras incluem uma lista negra de práticas comerciais desleais, exigem que as empresas criem um sistema interno para lidar com reclamações e permitam que as empresas se agrupem para processar plataformas. – Nossa meta é proibir algumas das práticas mais injustas e criar uma referência para a transparência e, ao mesmo tempo, garantir as grandes vantagens das plataformas online tanto para consumidores quanto para empresas – disse o chefe digital da UE, Andrus Ansip. A indústria de tecnologia mostrou alívio com a relativamente leve abordagem regulatória.
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