Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Pequim avalia próxima missão por paz na Ucrânia após primeira ter pouco progresso

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Sexta, 02 de Junho de 2023 às 14:49, por: CdB

Os Estados Unidos e vários países europeus têm apelado a Pequim para usar sua influência sobre a Rússia para buscar o fim da crise, embora a recusa de Pequim em condenar Moscou pela invasão tenha levantado suspeitas sobre seus motivos.


Por Redação, com Reuters - de Pequim


O enviado chinês que visitou capitais europeias no mês passado em busca de promover negociações de paz na Ucrânia disse nesta sexta-feira que Pequim está considerando outra missão, depois de reconhecer que sua viagem pode não produzir resultados imediatos.




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Li Hui

Em entrevista coletiva, Li Hui rejeitou uma reportagem dizendo que ele promoveu um cessar-fogo que deixaria sua aliada Rússia ocupando partes da Ucrânia e disse que Pequim fará "qualquer coisa" para aliviar as tensões.


No entanto, existem grandes obstáculos para encontrar um terreno comum entre os lados em guerra, acrescentou.


– Sentimos que há uma grande lacuna entre as posições de ambos os lados... Conseguir que todos os lados negociem agora ainda enfrentaria muitas dificuldades – disse Li, enviado especial da China para assuntos da Eurásia e ex-embaixador de longa data em Moscou.


– A China está disposta a considerar ativamente o envio de outra delegação a países relevantes para dialogar sobre a resolução da crise na Ucrânia – declarou Li, sem dar detalhes sobre quais países.


Em maio, Li completou uma viagem de 12 dias a Kiev, Varsóvia, Paris, Berlim, Bruxelas e Moscou, no que a China disse ser uma tentativa de encontrar um terreno comum para um eventual acordo político.


– O risco de escalada da guerra Rússia-Ucrânia ainda é alto – afirmou Li, acrescentando que todos os lados precisam tomar medidas concretas para "esfriar a situação" e garantir a segurança das instalações nucleares.


– Desde que seja para aliviar a situação, a China está disposta a fazer qualquer coisa – disse ele.



Fim da crise


Os Estados Unidos e vários países europeus têm apelado a Pequim para usar sua influência sobre a Rússia para buscar o fim da crise, embora a recusa de Pequim em condenar Moscou pela invasão tenha levantado suspeitas sobre seus motivos.


Li, embaixador da China em Moscou de 2009 a 2019, disse que a Rússia apreciou o desejo e os esforços da China para promover uma solução pacífica para a crise.


No início deste ano, a China publicou um plano de paz de 12 pontos, pedindo que a proteção dos civis e a soberania de todos os países sejam respeitadas.


Autoridades francesas e alemãs com conhecimento das reuniões de Li na Europa disseram que ele se manteve fiel a esses pontos de discussão e buscou enfatizar o papel dos Estados Unidos na escalada da crise ao fornecer armas à Ucrânia.


– Não houve plano de paz. Foi mais uma sessão de fazer uma mesa redonda de cada uma das nossas posições – disse a autoridade francesa, pedindo anonimato.


– Acho que não esperamos que a China seja uma mediadora, mas ela pode usar sua influência sobre a Rússia e pode ajudar a fazê-la entender.



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