Ao final da audiência geral no Vaticano, o Pontífice disse estar “profundamente triste” com as notícias sobre a nova ofensiva.
Por Redação, com ANSA – de Roma
O papa Leão XIV fez nesta quarta-feira um forte apelo pelo fim imediato das hostilidades na fronteira entre Tailândia e Camboja, onde novos confrontos reacenderam tensões antigas na região e deixaram mortos e feridos.
Ao final da audiência geral no Vaticano, o Pontífice disse estar “profundamente triste” com as notícias sobre a nova ofensiva.
“Também houve vítimas civis e milhares de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas”, afirmou.
Em seguida, Leão XIV dirigiu uma mensagem direta às autoridades dos dois países: “Peço às partes que cessem imediatamente o fogo e retomem o diálogo”.
Por fim, o líder da Igreja Católica acrescentou estar em oração pelas populações afetadas e garantiu proximidade a “estas pessoas queridas” que sofrem as consequências de mais um ciclo de violência.
Escalada de violência
A nova escalada de violência na fronteira entre Tailândia e Camboja já deixou pelo menos dez mortos e provocou a fuga de mais de 140 mil civis, segundo informações divulgadas pelas autoridades de ambos os países.
Os dois países trocam acusações sobre a responsabilidade pela retomada das hostilidades, que reacendem um conflito territorial de mais de um século ao longo de uma fronteira terrestre de 800 quilômetros.
A nova onda de violência efetivamente encerra o frágil cessar-fogo intermediado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início de julho. Ontem, inclusive, o republicano anunciou, em um comício, que telefonaria para os líderes dos dois países para acabar com o conflito.
“Amanhã tenho que fazer uma ligação telefônica e acho que eles vão entender”, declarou ele em referência aos governantes do Camboja e da Tailândia.
Paralelamente, o Ministério da Defesa da Tailândia confirmou que mais de 400 mil pessoas foram retiradas das regiões fronteiriças com o Camboja desde o início dos novos confrontos.
– Civis tiveram que se retirar em massa devido a uma ameaça iminente à sua segurança – explicou o porta-voz do Ministério da Defesa tailandês, Surasant Kongsiri.
