Segundo ele, essa relação traz perigos profundos: “corremos o risco não só de perder de vista os rostos das pessoas ao nosso redor, mas também de esquecer como reconhecer e valorizar tudo o que é verdadeiramente humano”.
Por Redação, com ANSA – da Cidade do Vaticano
O papa Leão XIV destacou nesta segunda-feira os benefícios do desenvolvimento tecnológico e da Inteligência Artificial (IA) para a humanidade, mas alertou para o seu “potencial destrutivo” quando colocado “a serviço de ideologias anti-humanas”.

Em mensagem ao Congresso Internacional sobre IA e Medicina, promovido pela Pontifícia Academia para a Vida, o pontífice ressaltou que “o progresso tecnológico e a inteligência artificial nos levam a interagir com máquinas como se fossem interlocutoras, quase nos tornando uma extensão delas”.
Segundo ele, essa relação traz perigos profundos: “corremos o risco não só de perder de vista os rostos das pessoas ao nosso redor, mas também de esquecer como reconhecer e valorizar tudo o que é verdadeiramente humano”.
O Papa enfatizou que, para garantir um verdadeiro progresso, “é imperativo que a dignidade humana e o bem comum permaneçam prioridades absolutas para todos — tanto para indivíduos quanto para instituições públicas”.
Leão XIV alertou ainda que os avanços tecnológicos, se não forem usados para o bem comum, podem gerar consequências devastadoras: “É fácil reconhecer o potencial destrutivo da tecnologia — e até mesmo da pesquisa médica — quando ela é colocada a serviço de ideologias anti-humanas”.
Alerta
Neste sentido, Leão XIV lembrou que “os eventos históricos servem de alerta: os instrumentos que temos à nossa disposição hoje são ainda mais poderosos e podem produzir efeitos ainda mais devastadores sobre a vida de indivíduos e nações”.
Apesar dos riscos, o líder da Igreja Católica destacou o lado positivo do progresso, ressaltando que, “se forem aproveitadas e colocadas a serviço da pessoa humana, essas mesmas tecnologias podem ter efeitos transformadores e benéficos”.
Por fim, Robert Prevost reforçou o alerta, observando que “interagimos com as máquinas como se fossem interlocutores, quase nos tornando uma extensão delas”. Desta forma, “corremos o risco não só de perder de vista os rostos das pessoas ao nosso redor, mas também de esquecer como reconhecer e valorizar tudo o que é verdadeiramente humano”.