Além de alertar sobre os riscos da IA, o líder da Igreja Católica falou dos problemas provocados pelas "deep fakes", que é a criação de vídeos e áudios falsos por meio da tecnologia.
Por Redação, com Reuters - da Cidade do Vaticano
O papa Francisco cobrou na quarta-feira a necessidade de uma regulamentação internacional da Inteligência Artificial (IA) para evitar que a tecnologia seja usada de forma distorcida.
– Já entendemos a ambivalência ao vivenciar em primeira mão, ao lado das oportunidades, também os riscos e as patologias. É importante ter a possibilidade de compreender e regulamentar ferramentas que, em mãos erradas, podem abrir cenários negativos – analisou o religioso.
– Como tudo o que vem da mente e das mãos do homem, os algoritmos não são neutros. Portanto, é necessário agir preventivamente, propondo modelos de regulação ética para conter as implicações prejudiciais, discriminatórias e socialmente injustas – acrescentou.
Os riscos da IA
Além de alertar sobre os riscos da IA, o líder da Igreja Católica falou dos problemas provocados pelas "deep fakes", que é a criação de vídeos e áudios falsos por meio da tecnologia. O pontífice até recordou que foi alvo de fotos não verdadeiras dele usando um moderno casaco e andando de moto.
– A simulação, que está na base destes programas, pode ser útil em alguns campos específicos, mas torna-se perversa ao distorcer a relação com os outros e a realidade – disse Francisco.
Por fim, o religioso declarou que é o homem quem decide como usar e desenvolver a Inteligência Artificial e lançou uma reflexão para os fiéis.
– Cabe ao homem decidir se deve se tornar alimento para os algoritmos ou nutrir seu coração com liberdade, sem a qual não poderá crescer em sabedoria – disse.