Em 2015, Francisco escreveu Laudato Si (Louvado Seja), um importante documento sobre a necessidade de proteger o meio ambiente, enfrentar os perigos e desafios das mudanças climáticas e reduzir o uso de combustíveis fósseis. Uma encíclica é a forma mais elevada de escrita papal.
Por Redação, com Reuters - da Cidade do Vaticano
O papa Francisco disse nesta segunda-feira que está escrevendo uma continuação de sua histórica encíclica de 2015 sobre a proteção do meio ambiente e os perigos da mudança climática "para atualizá-la".
Ele fez o anúncio em um breve complemente de discurso para um grupo de advogados de países do Conselho da Europa.
Em 2015, Francisco escreveu Laudato Si (Louvado Seja), um importante documento sobre a necessidade de proteger o meio ambiente, enfrentar os perigos e desafios das mudanças climáticas e reduzir o uso de combustíveis fósseis. Uma encíclica é a forma mais elevada de escrita papal.
– Estou escrevendo uma segunda parte da Laudato Si para atualizá-la com os problemas atuais – disse Francisco ao grupo, sem dar mais detalhes.
A encíclica, que fez de Francisco um herói para muitos ativistas climáticos, teria influenciado as decisões tomadas no final daquele ano na conferência climática de Paris, que estabeleceu metas para limitar o aquecimento global.
Na época em que foi publicada, alguns católicos conservadores aliados a movimentos políticos conservadores e interesses corporativos criticaram ferozmente o papa por apoiar a opinião da maioria dos cientistas que dizia que o aquecimento global era pelo menos em parte devido à atividade humana.
Estados Unidos
O enviado climático dos Estados Unidos e ex-secretário de Estado John Kerry disse à Reuters em uma entrevista em junho, depois de se encontrar com o papa, que a encíclica teve um "impacto profundo" na conferência de Paris.
Em seus comentários nesta segunda-feira, Francisco não especificou que forma a segunda parte da Laudato Si assumiria, quando seria lançada ou como elaboraria o original.
Nos oito anos desde que o documento foi publicado, o mundo tem registrado um aumento de eventos climáticos extremos, como ondas de calor mais intensas e prolongadas, incêndios florestais mais frequentes e furacões mais severos.