Segundo o representante do governo Abbas, 29 palestinos foram mortos na operação das Forças de Defesa de Israel (FDI) na Cisjordânia, enquanto centenas ficaram feridos e presos.
Por Redação, com ANSA – de Gaza
O gabinete do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, denunciou nesta segunda-feira que a operação militar deflagrada por Israel na Cisjordânia é uma “limpeza étnica” e apelou pela intervenção dos Estados Unidos.

Em uma declaração, o porta-voz Nabil Abu Rudeineh disse que a presidência “condenou a expansão da guerra global das autoridades de ocupação contra nosso povo palestino na Cisjordânia, para implementar seus planos que visam o deslocamento de cidadãos e a limpeza étnica”.
Segundo o representante do governo Abbas, 29 palestinos foram mortos na operação das Forças de Defesa de Israel (FDI) na Cisjordânia, enquanto centenas ficaram feridos e presos.
Campos de refugiados
Além disso, bairros inteiros foram destruídos nos campos de refugiados de Jenin e Tulkarm e milhares de pessoas abandonaram suas casas.
– Pedimos ao governo dos EUA que intervenha antes que seja tarde demais para impedir o ataque israelense em andamento ao nosso povo e à nossa terra, o que levará à expulsão e à escalada incontroláveis, e todos sofrerão as consequências – acrescentou ele.
Para Abu Rudeineh, “o povo palestino não aceitará nenhum plano, nem de expulsão de cidadãos nem de um estado alternativo”.
– Ameaçar nosso povo não ajudará ninguém – concluiu.
Por fim, a ANP pediu uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) por causa da recente ofensiva militar nos campos de refugiados da Cisjordânia. A decisão é tomada no momento em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, viaja para os Estados Unidos para se reunir com o novo presidente, Donald Trump.