Demolição determinada por Eduardo Paes expõe nova polêmica sobre obras irregulares no mirante do Leblon e reacende debate sobre intervenções que prejudicam a paisagem da Zona Sul.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O prefeito Eduardo Paes determinou, nesta segunda-feira, a derrubada imediata de uma estrutura recém-erguida em um quiosque no Mirante do Leblon. A ordem veio um dia depois da polêmica envolvendo placas metálicas instaladas pela prefeitura na Lagoa, que haviam isolado a ciclovia e provocado protestos de moradores.

O caso mais recente envolve um anexo construído no quiosque localizado na Av. Niemeyer, ponto conhecido por abrigar uma das vistas mais emblemáticas da cidade. Indignado, Paes afirmou que a obra obstrui justamente o cartão-postal que atrai cariocas e turistas ao local. Em postagem no X, o prefeito disse que a demolição não passa desta terça-feira e questionou como a intervenção foi autorizada.
– Não sei quem foi o gênio da prefeitura que autorizou essa obra no quiosque do Mirante do Leblon com direito a um banheiro tapando uma das vistas mais incríveis da cidade. O fato é que a demolição desse absurdo não passará de amanhã! Estou partindo do pressuposto que os caras têm autorização para isso. Se não tiverem o custo será mais alto ainda – escreveu Paes.
A prefeitura ainda avalia se os responsáveis possuíam licença válida para construir no mirante. Caso a autorização não exista, a administração deve aplicar penalidades mais severas ao estabelecimento. Mesmo que a obra tenha sido aprovada por algum órgão municipal, Paes avisou que não pretende manter a estrutura de pé.
Demolição anunciada no Leblon acontece na esteira de outra intervenção contestada no fim de semana. No domingo, o prefeito ordenou a retirada de placas de metal erguidas na Avenida Epitácio Pessoa para o evento de lançamento da Árvore da Lagoa. As placas restringiam a ciclovia e provocaram críticas de moradores, que denunciaram riscos à segurança. Após repercussão negativa, Paes determinou o recolhimento imediato das estruturas.
Tapumes da CET-Rio na Lagoa
As placas metálicas colocadas pela CET-Rio ao longo da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul, começaram a ser removidas na manhã do último domingo, por ordem direta do prefeito Eduardo Paes.
As estruturas haviam sido montadas entre a via sentido Ipanema e a ciclovia para organizar o trânsito durante o funcionamento da Árvore de Natal da Lagoa, inaugurada na noite de sábado.
A Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio havia planejado manter os painéis até 6 de janeiro, período em que a atração permanece acesa. A justificativa era evitar que pessoas atravessassem áreas de grande circulação de veículos e impedir que motoristas freassem ou parassem para fotografar a árvore.
Paes se manifestou nas redes sociais criticando o visual das placas.
– Já determinei a nossa Cet-Rio que retire essas placas horrorosas que colocaram na lagoa. Geram insegurança além de impedirem acesso a deslumbramento paisagem carioca. Vamos agir com a guarda municipal para evitar congestionamentos – escreveu o prefeito.
Árvore da Lagoa volta após cinco anos
A Árvore da Lagoa voltou a iluminar o Rio após cinco anos e reuniu uma multidão na noite de sábado, na Zona Sul. A cerimônia começou às 21h e marcou o retorno de um dos símbolos mais queridos do Natal carioca, ao som de fortes aplausos e fogos de artifício.
A estrutura permanecerá iluminada até 6 de janeiro, das 19h à meia-noite (domingo a quinta) e até 1h às sextas e sábados.