Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Otan diz que rebelião de Prigozhin é prova de erro estratégico

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Segunda, 26 de Junho de 2023 às 10:54, por: CdB

O núcleo duro do presidente russo, Vladimir Putin, redobrou nesta segunda-feira os esforços para repor a calma na sequência da rebelião do Grupo Wagner. Em Moscou, as ausências ao trabalho têm a aprovação das autoridades e Putin se resguarda por enquanto.


Por Redação, com RTP - de Kiev


O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltemberg, diz que não há indícios de que a Rússia esteja a preparar uma escalada nuclear. Jens Stoltenberg considera que os episódios do fim de semana mostram que a invasão da Ucrânia foi um erro.




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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltemberg

Grupo Wagner


O núcleo duro do presidente russo, Vladimir Putin, redobrou nesta segunda-feira os esforços para repor a calma na sequência da rebelião do Grupo Wagner. Em Moscou, as ausências ao trabalho têm a aprovação das autoridades e Putin se resguarda por enquanto. É incerto o paradeiro de Yevgeny Prigozhin, o chefe dos mercenários.


Prigozhin teria abandonado a Rússia ao final de sábado e procurado exílio político na Bielorrússia, cujo regime, liderado por Alexander Lukachenko, apareceu como mediador entre o número um do Grupo Wagner e o Kremlin. Todavia, não há confirmação do paradeiro e circulam outras hipóteses, entre as quais a de uma fuga para África.


Quanto ao destino dos mercenários que no sábado avançaram por território russo, o Kremlin estará aberto a poupá-los de consequências políticas ou judiciais. Trata-se de aproximadamente 25 mil soldados que podem agora assinar contratos com o Ministério da Defesa. Outro cenário, com a partida da Rússia, é combater por outras forças em teatros de conflito alheios.


Na noite de sábado, menos de 24 horas de progressão em solo da Rússia, a partir da Ucrânia, os homens de Prigozhin pararam a 200 quilÔmetros de Moscovo. O patrão do Grupo Wagner disse então que queria evitar um “banho de sangue” na capital e as suas forças recuaram, abandonando também a cidade de Rostov, no Sul do país. As estruturas de poder de Putin procuram agora fazer passar uma imagem de solidez e normalidade. O "regime de operações antiterroristas", implementado no sábado na região de Moscou, já foi suspenso, anunciou o presidente da Câmara da capital russa.


A agência RIA informou hoje que o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, um dos alvos da ira de Prigozhin, visitou tropas empenhadas na ocupação da Ucrânia. Mas ainda nada se ouviu por parte do presidente russo, depois dos acontecimentos do fim de semana.


Em entrevista à televisão pública russa, que teria sido gravada antes da rebelião, Vladimir Putin manifesta confiança quanto ao andamento da guerra. Ele diz acreditar no cumprimento de todos os objetivos, bélicos e econômicos.



Estados Unidos


O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, prevê meses de instabilidade na Federação Russa. A rebelião, disse ele à estação norte-americana CBS, desafiou diretamente a autoridade de Putin. Portanto, isso levanta verdadeiras questões e revela fissuras reais.


– Vimos mais fissuras na fachada russa. É muito cedo para dizer exatamente o que vai acontecer, mas certamente haverá todo tipo de novas questões que Putin terá de abordar nas próximas semanas e meses – afirmou o chefe da diplomacia dos EUA, acrescentando que é "muito cedo" para perceber o impacto desse episódio na Rússia ou na guerra na Ucrânia.



Zelensky


O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, discutiu os acontecimentos na Rússia em telefonemas separados com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau. Ambos reiteraram o compromisso com o apoio à Ucrânia.


– O mundo deve colocar pressão sobre a Rússia até que a ordem internacional seja restaurada – escreveu Zelensky no Twitter.




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