O acordo quinquenal exclusivo, com início na 101ª edição do Oscar, permitirá que mais de 2 bilhões de pessoas no mundo possam acompanhar a maior premiação da indústria do cinema por streaming.
Por Redação, com ANSA – de Los Angeles
A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou que o Oscar será transmitido no Youtube a partir de 2029, dando à plataforma o direito de exibição da cerimônia até 2033.

O acordo quinquenal exclusivo, com início na 101ª edição do Oscar, permitirá que mais de 2 bilhões de pessoas no mundo possam acompanhar a maior premiação da indústria do cinema por streaming. A medida fará com que o evento deixe a rede de TV norte-americana ABC pela primeira vez em mais de 50 anos.
“Essa parceria nos permitirá expandir o acesso ao público global”, disseram o CEO da Academia, Bill Kramer, e a presidente da instituição, Lynette Howell Taylor, em comunicado.
Todo o conteúdo relacionado ao Oscar, como o tapete vermelho, bastidores do evento e anúncios, serão transmitidos ao vivo pelo YouTube em todo o mundo de forma gratuita, incluindo os Estados Unidos.
Já a próxima edição da festa cinematográfica irá acontecer em 15 de março de 2026.
Itália tem dois curtas de animação pré-indicados ao Oscar 2026
A Itália continua firme na disputa pelo Oscar de 2026 na categoria de curtas-metragens de animação, com duas produções que têm chamado atenção internacional.
Entre elas, destaca-se Playing God, criado por um grupo de amigos que conceberam e produziram o curta de sete minutos em stop-motion sob os icônicos arcos de Bolonha, na região da Emília-Romagna.
Outra aposta italiana é Éiru, dirigido por Giovanna Ferrari. Nascida em Bolonha em 1979, ela vive em Kilkenny, na Irlanda, desde 2015, onde atua como diretora de história e designer no renomado estúdio de animação Cartoon Saloon.
Éiru, que narra a jornada de uma menina ruiva na Irlanda celta, é o primeiro trabalho de Ferrari como diretora e roteirista. A produção conta ainda com a experiência da produtora Nora Twomey, indicada ao Oscar por The Breadwinner.
– Meus colegas estão acostumados a ver seus projetos avançarem na votação da Academia. Mas para mim, é uma emoção incrível! Estou muito orgulhosa de estar entre os 15 melhores curtas, dentre mais de 100 inscritos do mundo todo – afirmou Ferrari à agência italiana de notícias ANSA, em Kilkenny, enquanto mandava mensagens para os pais e atendia a ligações de amigos para celebrar a indicação.
Antes de dirigir Éiru, Ferrari trabalhou em longas de sucesso, incluindo Song of the Sea, WolfWalkers, My Father’s Dragon, que foi lançado na Netflix, e Screecher’s Reach para a Lucasfilm.
Seu curta, com estilo 2D colorido e minimalista, conquistou diversos prêmios em festivais internacionais, como o RiverRun International Film Festival, Dublin Animation Film Festival, Fantasia International Film Festival e Animation is Film em Los Angeles.
Após concluir o ensino médio com foco em ciências em Bolonha, Ferrari estudou animação no Centro Nacional de Cinematografia em Turim.
– Morei em Paris por 10 anos, estabelecendo inúmeras colaborações, até chegar ao Cartoon Saloon, que é um dos poucos estúdios na Europa que produz longas-metragens 2D de qualidade – contou a diretora.
Éiru narra a história de uma jovem que deseja ser levada a sério como guerreira, mesmo sendo a caçula de seu clã na Idade do Ferro. Quando o poço da aldeia seca misteriosamente, ela descobre uma oportunidade de salvar seu povo, descendo às profundezas da terra para levar vida de volta ao seu povo.
– É uma história sobre ecologia, mas também uma reflexão sobre o absurdo da guerra, sobre como usamos o vizinho como bode expiatório – refletiu Ferrari.
Agora, a diretora aguarda ansiosa o dia 22 de janeiro, quando será anunciada a lista final de indicados, e sonha com a possibilidade de estar no Dolby Theatre, ao lado de seus colegas e dos concorrentes.