A investigação, segundo o MPDFT, encontrou fortes indícios de superfaturamento na aquisição dos insumos e há ainda evidências de que testes adquiridos seriam imprestáveis para a detecção eficiente da covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, ou de baixa qualidade.
Por Redação, com Reuters - de Brasília
Uma operação coordenada pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) deflagrada nesta quinta-feira para apurar irregularidades na compra de testes para detecção de coronavírus cumpriu 74 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em sete Estados, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Santa Catarina e Paraná, informou a assessoria de imprensa do MPDFT em nota.
A investigação, segundo o MPDFT, encontrou fortes indícios de superfaturamento na aquisição dos insumos e há ainda evidências de que testes adquiridos seriam imprestáveis para a detecção eficiente da covid-19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, ou de baixa qualidade.
“O somatório do valor das dispensas de licitação sob investigação supera o valor de R$ 73 milhões”, contabilizou o MPDFT.
O processo corre em sigilo, segundo o órgão.
Distrito Federal
Em nota, a assessoria de comunicação social da Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que todos os testes comprados, recebidos por meio de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde têm certificado da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e portanto foram testados e aprovados pelo órgão federal.
“Quanto aos preços, representam os valores praticados no mercado e as compras foram efetuadas avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas”, informou o órgão.