Os acusadores alegam que suas respectivas obras foram adicionadas ao treinamento do ChatGPT sem consultar a permissão e que o sistema seria capaz de resumir os livros com precisão, além de gerar texto que simula os estilos de escrita de cada um.
Por Redação, com Canaltech e Reuters - de São Francisco
Um grupo de escritores dos Estados Unidos entrou com um processo contra a OpenAI, criadora do ChatGPT, na corte federal de São Francisco, no país norte-americano. A ação acusa a empresa de usar as obras de cada autor de forma indevida para treinar a inteligência artificial do chatbot.
O processo foi feito pelo escritor vencedor do prêmio Pulitzer Michael Chabon, o dramaturgo David Henry Hwang e os autores Matthew Klam, Rachel Louise Snyder e Ayelet Waldman. As informações foram obtidas pela agência inglesa de notícias Reuters.
Os acusadores alegam que suas respectivas obras foram adicionadas ao treinamento do ChatGPT sem consultar a permissão e que o sistema seria capaz de resumir os livros com precisão, além de gerar texto que simula os estilos de escrita de cada um.
A ação exige uma indenização em dinheiro com valor não especificado e uma restrição para bloquear as práticas "injustas e ilegais" da OpenAI. A empresa de tecnologia ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Não foi a primeira vez
A OpenAI já foi alvo de ações judiciais com relação ao treinamento do ChatGPT. Uma ação conjunta publicada em julho deste ano acusou a empresa e a Meta de violação de direitos autorais ao usar livros para o treinamento dos modelos de linguagem.
O Google também já foi processado com relação às práticas usadas para o treinamento de IA, mas o motivo foi a coleta de dados de usuários sem consentimento.
Por outro lado, a Microsoft revelou que vai assumir a responsabilidade de qualquer processo sobre violação de direitos autorais contra usuários do Copilot, o novo assistente de IA da Gigante de Redmond. A empresa garante que usa filtros de conteúdo para gerar materiais apropriados para uso público.