Os protestos começaram na segunda-feira, depois que o Congresso de Sindicatos do Zimbábue (ZCTU) convocou uma greve diante da alta do preço do combustível - que duplicou - e a piora da situação econômica do país.
Por Redação, com EFE - de Genebra
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos condenou nesta sexta-feira a repressão dos protestos sociais desta semana no Zimbábue (com pelo menos oito mortos e dezenas de feridos) e pediu ao Governo desse país que detenha o excessivo uso da força contra manifestantes. – Estamos profundamente preocupados com a crise socioeconômica que está ocorrendo no Zimbábue e a repressão dos protestos no país, surgidas após a decisão governamental de aumentar os preços dos combustíveis – destacou a porta-voz Ravina Shamdasani em entrevista coletiva em Genebra. – Pedimos ao Governo que busque formas de dialogar com a população sobre suas queixas legítimas e deter a repressão aos manifestantes – acrescentou, citando, além disso, relatórios nos quais aponta que em alguns atos de protesto foram incendiados vários edifícios e houve saques. A agência da ONU ressaltou que foram denunciados casos de intimidação generalizada por parte das forças de segurança, incluindo batidas casa por casa, ataques físicos e mais de 600 detidos, "entre eles líderes da oposição e proeminentes ativistas".