A CDU já governa em aliança com o SPD, seu maior rival, desde 2013, mas Scholz deixou claro que não pretende reeditar essa grande coalizão. "Os eleitores expressaram sua vontade de modo claro: reforçaram SPD, verdes e liberais, e esses três devem guiar o novo governo", declarou o vice-chanceler em Berlim nesta segunda-feira.
Por Redação, com ANSA - de Berlim
O vice-chanceler e ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, declarou vitória nas eleições federais do domingo e disse que o povo expressou o desejo de ver um governo entre social-democratas, liberais e verdes. – Uma coalizão social-ecológica-liberal tem sólidos pressupostos na história, e é isso que temos de fazer – afirmou Scholz, líder do Partido Social-Democrata (SPD), vencedor das eleições com 25,7% dos votos, segundo resultados oficiais preliminares. Isso corresponde a 206 das 735 cadeiras no Parlamento, o que significa que o SPD precisará costurar alianças para formar um novo governo, processo que pode durar meses, até lá, Angela Merkel, da conservadora União Democrata-Cristã (CDU), segue no poder. O segundo lugar nas eleições ficou com a própria CDU e seu braço na Baviera, a União Social-Cristã (CSU), que obtiveram 24,1% da preferência (196 assentos no Parlamento), quase nove pontos a menos que no pleito de 2017. Já os Verdes saltaram de 8,9% para 14,8% (118 assentos), puxados pela crescente preocupação com a crise climática na juventude da Europa Ocidental, enquanto o Partido Democrático Liberal (FDP) passou de 10,7% para 11,5% (92 assentos). A CDU já governa em aliança com o SPD, seu maior rival, desde 2013, mas Scholz deixou claro que não pretende reeditar essa grande coalizão. "Os eleitores expressaram sua vontade de modo claro: reforçaram SPD, verdes e liberais, e esses três devem guiar o novo governo", declarou o vice-chanceler em Berlim nesta segunda-feira.