Homem que abriu fogo em igreja taiwanesa na Califórnia, matando uma pessoa e ferindo cinco, emigrou da China e foi movido por ódio contra Taiwan e seu povo, apontam investigações.
Por Redação, com DW - de Washington
Um homem que abriu fogo contra fiéis taiwaneses-americanos de uma igreja na Califórnia, matando uma pessoa e deixando outras cinco feridas, foi motivado por ódio contra Taiwan e seu povo, afirmaram investigadores dos EUA na segunda-feira. Antes de abrir fogo, o atirador fechou as portas da igreja usando correntes e cola, enquanto dezenas de pessoas desfrutavam de um banquete pós-culto na igreja em Laguna Woods, perto de Los Angeles, no último domingo. Munido de duas pistolas, o homem também escondeu sacos contendo coquetéis molotov e munição ao redor do prédio. Segundo o xerife de Orange County, Don Barnes, o atirador é um cidadão americano de 68 anos que emigrou da China e foi movido por "ódio politicamente motivado" e "estava transtornado com as tensões políticas entre a China e Taiwan". Barnes disse que o homem, que trabalhou por anos como segurança, aparentemente agiu sozinho, e que não está claro por que escolheu essa igreja específica como alvo. A pequena Igreja Presbiteriana Taiwanesa Irvine é, em sua maioria, uma congregação de imigrantes cristãos mais velhos que oram semanalmente em taiwanês, sua primeira língua. Eles se reúnem na Igreja Presbiteriana Geneva. O xerife disse que investigadores encontraram anotações no carro do atirador, que estava estacionado fora da igreja, que comprovam seu "ódio ao povo taiwanês". O homem vive nos Estados Unidos há muitos anos, mas também residiu em Taiwan em algum momento, disse Barnes. "Acredito que seu ódio a Taiwan tenha se manifestado quando ele residiu lá em anos passados, possivelmente em sua juventude", disse o xerife. "Ele não foi bem recebido enquanto vivia lá, de acordo com o que coletamos até agora." A família de Chou aparentemente esteve entre as muitas que foram deslocadas à força de China continental para Taiwan em algum momento depois de 1948, afirmou Todd Spitzer, promotor distrital de Orange County. Barnes disse ainda que o homem vivia sozinho em um quarto alugado em Las Vegas e parecia não ter vínculos com a congregação. A igreja disse que ele havia passado o culto matinal nos fundos do santuário, lendo tranquilamente um jornal taiwanês.