Magno relata que “algumas escolas ainda reclamam de déficit de servidores, por exemplo, para as tarefas sanitárias”, como medição de temperatura e limpeza. Ele informou que as demandas apresentadas são encaminhadas ao GDF para tomada de providências.
Por Redação, com Brasil de Fato - de Brasília
Em 10 dias, o número de escolas da rede pública do Distrito Federal com casos confirmados de covid-19 saltou de 69 para 98. O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) e o Comitê de Monitoramento de Retorno às Aulas Presenciais informam que têm acompanhado de perto os registros. O chefe de gabinete da deputada Arlete Sampaio, Gabriel Magno, que compõe o comitê, ressalta que a avaliação do grupo é que nas últimas semanas os números de casos têm aumentado consideravelmente. Para ele, um dos problemas é o protocolo da Secretaria de Saúde em relação aos casos registrados na rede de ensino. “A orientação é muito vaga e confusa. Muitas escolas ainda não sabem como proceder nos casos positivos que aparecem”. Magno relata que “algumas escolas ainda reclamam de déficit de servidores, por exemplo, para as tarefas sanitárias”, como medição de temperatura e limpeza. Ele informou que as demandas apresentadas são encaminhadas ao GDF para tomada de providências. Samuel Fernandes, diretor do Sinpro-DF, reitera a fragilidade dos protocolos dado à rede pública de ensino. “O correto seria um protocolo específico para as escolas, tendo um caso, seja de aluno ou professor, as aulas deveriam ser suspensas imediatamente e todos que tiveram contato deveriam passar por uma testagem em massa para evitar maior contaminação”. O professor afirma que categoria está com medo devido à crescente nos números de casos nas escolas. – Com essa nova variante, a Delta, que tem alto índice de contaminação, a preocupação é ainda maior por conta das condições das escolas. Muitas salas de aula não têm ventilação adequada, as máscaras disponibilizadas pelo governo não são apropriadas para os alunos. A falta de refeitórios na maioria das escolas obrigam os alunos a fazer as refeições dentro da sala de aula, sem o uso da máscara. Então se um aluno tiver contaminado, acaba espalhando para os demais – alerta Fernandes. O diretor explica que, se o número de casos continuar aumentando a categoria decidirá em assembleia sobre a continuidade ou suspensão das aulas. “Temos uma assembleia marcada ainda para esse mês de setembro”.