Rio de Janeiro, 24 de Novembro de 2024

Número de conflitos armados em 2023 foi o mais elevado desde 1946, diz estudo

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Segunda, 10 de Junho de 2024 às 13:38, por: CdB

O número de mortes em combate também diminui para metade, cerca de 122 mil mortes, de acordo com os dados coletados pela Universidade sueca de Uppsala, juntamente com organizações internacionais e não governamentais.

Por Redação, com Lusa – de Oslo

Um estudo norueguês publicado nesta segunda-feira indica que o mundo registrou em 2023 o maior número de conflitos armados desde 1946, embora o número de países afetados por esses conflitos esteja dimiuindo. No ano passado foram notificados 59 conflitos em todo o mundo, 28 deles na África, segundo pesquisa do Instituto de Investigação da Paz de Oslo (PRIO).

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Um estudo norueguês indica que o mundo registrou em 2023 o maior número de conflitos armados desde 1946

Apesar do número de conflitos, a quantidade de países envolvidos diminuiu, passando de 39 em 2022 para 34 em 2023.

O número de mortes em combate também diminui para metade, cerca de 122 mil mortes, de acordo com os dados coletados pela Universidade sueca de Uppsala, juntamente com organizações internacionais e não governamentais.

O número de mortes, também resultado da invasão russa da Ucrânia e do conflito na Faixa de Gaza entre Israel e o Hamas, continua a ser o terceiro mais elevado desde 1989.

– A violência no mundo nunca foi elevada desde o fim da Guerra Fria – diz a investigadora da PRIO e principal autora do estudo, Siri Aas Rustad, que analisa as tendências no período de 1946 a 2023.

Apesar do número de mortes em combate ter diminuído em 2023, o valor agregado dos últimos três anos é o mais elevado das últimas três décadas.

Depois da África, as regiões do mundo mais afetadas por conflitos armados foram a Ásia (17), o Oriente Médio (10), a Europa (três) e as Américas (um).

Segundo a investigadora, os números do estudo “sugerem que o quadro de conflitos se tornou mais complexo, com maior número de combatentes ativos dentro de um mesmo país”.

Oriente Médio

O estudo justifica o aumento do número de conflitos, em parte com a expansão do grupo jihadista Estado Islâmico na Ásia, África e no Oriente Médio, bem como ao envolvimento de um número crescente de atores não estatais, como jihadistas e milícias armadas.

– Esse crescimento torna cada vez mais difícil para atores como grupos humanitários e organizações da sociedade civil melhorarem a vida das pessoas – afirma Siri Aas Rustad.

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