A cibersegurança atua em duas frentes: interna e externa Imagem meramente ilustrativa
O tédio se tornou um sentimento sem espaço no mundo tecnológico, e a colossal quantidade de passatempos digitais dominou o tempo livre. No campo dos jogos eletrônicos a variedade é tanta que todos os pedidos são atendidos. Durante as últimas décadas, a indústria dos videogames se tornou um dos pilares mais rentáveis do entretenimento online, e o crescimento do mercado também fez aumentar o número de opções.
A novidade que tem conquistado os brasileiros é o iGaming, um segmento inteiro dedicado aos jogos originários dos cassinos, como o poker, além das apostas esportivas, outro sucesso em solo nacional. Em resumo, o iGaming abriga a categoria de jogos em que é possível apostar dinheiro.
Diferentemente dos eSports, jogos de videogame que contam com equipes profissionais, campeonatos nacionais e internacionais, nos quais os campeões ganham grandes prêmios, como no The International, de Dota2, que pagou 18 milhões de dólares ao time campeão. Nas modalidades de iGaming geralmente a recompensa é paga ao final de cada rodada, no entanto, também existem torneios para os títulos que contam com dinâmicas de jogo apropriadas para a competição.
Nesse mercado, os grandes players são as operadoras internacionais, que trazem as mais diversas modalidades de jogos, todos originários dos cassinos. São plataformas especializadas em recriar a experiência do mundo real no ambiente virtual. Algumas delas já apostam pela tecnologia de realidade virtual, também conhecida como VR. Dessa forma, o jogador está completamente imerso na sala de jogos.
Segurança em primeiro lugar
Neste segmento, o tema da segurança cibernética está no topo da lista de prioridades. Uma vez que os jogadores podem optar por jogar com dinheiro real é fundamental redobrar a proteção para evitar qualquer invasão de hackers e a perda de dados sensíveis dos usuários.
A cibersegurança atua em duas frentes: interna e externa. A primeira foca nos jogos, afinal, uma “praga” comum em games online são os jogadores que utilizam softwares para obter vantagens ilegais e desequilibrar as partidas. Os usuários mal-intencionados são rapidamente detectados e excluídos e, geralmente, o banimento é realizado no IP do infrator, que dessa forma não pode voltar a jogar, mesmo criando um novo perfil.
Enquanto aos problemas externos, as empresas travam batalhas intermináveis contra hackers que buscam os dados sensíveis dos jogadores, como nomes, documentos e, principalmente, informações de cartões de crédito. Além disso, também existe a ameaça de “sequestros de servidores”, quando os hackers conseguem travar os serviços e cobram resgates das companhias provedoras.
Ao se tratar de uma indústria em franca expansão, os cuidados com a cibersegurança dessas plataformas estão na vanguarda tecnológica e estão sempre procurando seguir novas regras e diretivas de segurança para assegurar a segurança de seus utilizadores. Assim, a defesa vai ganhando a batalha contra os atacantes.
A tecnologia que garante o jogo
Como garantir que o baralho digital está bem embaralhado? Como prometer que o giro da roleta não está viciado? Esses são preceitos fundamentais dos jogos de cassino no ambiente digital.
Novamente a tecnologia exerce um papel fundamental. É aqui que entra em cena o Random Number Generator, em português Gerador de Números Aleatórios, mais conhecido como RNG, que deverá ser muito familiar para os fãs de games.
Esses algoritmos são desenvolvidos para gerar números de forma aleatória, sem seguir padrões, e são desprovidos de memória. Dessa forma, os eventos casuais ocorrem de forma independente, sem nenhum tipo de interferência. É o RNG que garante um jogo justo, pois, qualquer modalidade do segmento deve cumprir com requisitos de integridade fundamentais para estar online.
Como funciona lá fora
No Brasil, o iGaming cresce a passos largos, no entanto, em outros países, a indústria já está consolidada. Portugal, por exemplo, é uma das nações mais avançadas no setor. Com a regulamentação do governo e um órgão regulador, os lusos garantem a segurança dos jogadores e cobram impostos das empresas que oferecem os serviços.
As leis portuguesas proporcionam um ambiente estável para maiores investimentos por parte das operadoras, que podem aportar em melhorias constantes, garantindo aos jogadores a segurança necessária para jogar sem temer fraudes ou outros problemas.
O Reino Unido também conta com leis que regulam a prática. Desde 2005, as normas que eram aplicadas para os estabelecimentos físicos foram aprimoradas para o ambiente digital. No continente asiático, diversos países, como a Índia, trabalham para aprimorar as leis e assegurar que tudo ocorra de forma legal e segura.
Em resumo, esse novo segmento dos jogos eletrônicos está em expansão em todo o mundo. A indústria de iGaming, segundo um estudo publicado pela Custom Market Insights, está avaliada em 58 bilhões de dólares e a expectativa é de crescimento no futuro. O Brasil é um dos países com perspectivas de crescimento, já que os jogadores estão familiarizados com as modalidades e o tamanho do mercado é um atrativo para as principais empresas do setor.
