O ex-engenheiro foi preso pelas autoridades dos EUA por alegadamente tentar oferecer informação classificada a um agente do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) disfarçado de agente da Rússia.
Por Redação, com Sputnik - de Washington/Moscou
O Departamento de Justiça norte-americano disse que na noite de quinta para sexta-feira prendeu um engenheiro que tinha trabalhado para empresas contratadas pelo Pentágono. Ele pode ser condenado à pena de prisão perpétua.
O ex-engenheiro foi preso pelas autoridades dos EUA por alegadamente tentar oferecer informação classificada a um agente do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) disfarçado de agente da Rússia, comunicou na quinta-feira o Departamento de Justiça (DoJ, na sigla em inglês) norte-americano.
"Foi preso na última noite um homem do Dakota do Sul em Lead, por acusações criminais ligados às suas alegadas tentativas de espionagem", disse a declaração do órgão de justiça.
"De acordo com documentos do tribunal, John Murray Rowe Jr., de 63 anos, natural de Lead, tentou oferecer informação de defesa nacional classificada ao governo russo."
O suspeito pode enfrentar prisão perpétua se for declarado culpado, relatou o DoJ.
Rowe trabalhou durante quase 40 anos como engenheiro de testes para múltiplos empreiteiros de defesa, e tinha diversas autorizações de segurança nacional, incluindo para material classificado. Além disso, ele trabalhou em tecnologia aeroespacial da Força Aérea dos EUA, segundo o DoJ.
No entanto, Rowe foi demitido de seu emprego na última empresa de defesa após ser identificado como potencial ameaça interna por violar várias regras de segurança e mostrar grande interesse em questões russas, incluindo em potencialmente obter autorização de segurança do governo russo, continua o Departamento de Justiça dos EUA.
Operação secreta
Devido a isso, o FBI lançou em março de 2020 uma operação secreta para determinar a vontade do suspeito de partilhar informação classificada com um governo estrangeiro. Na época, Rowe teve um encontro com um membro do FBI fingindo ser agente russo, e durante oito meses Rowe enviou 300 e-mails ao agente, afirmando querer oferecer ao governo da Rússia informação classificada relacionada com a segurança nacional dos EUA e questões militares, indica a declaração.
Assim, Rowe acabou por enviar ao falso agente russo informação classificada sobre detalhes operacionais específicos dos sistemas eletrônicos de contramedidas usados por caças militares dos EUA, apontou o DoJ.