Nélida Piñon, escritora e imortal pela ABL, nos deixa aos 85 anos

Nélida Piñon, imortal pela Academia Brasileira de Letras, nasceu no Rio de Janeiro em 1937. Formou-se em jornalismo, escreveu para diferentes publicações. Em 1961, lançou seu primeiro trabalho, Guia-mapa de Gabriel Arcanjo.

Por Redação - do Rio de Janeiro

Aos 85 anos, morreu em Lisboa, neste sábado, a escritora Nélida Piñon. Desde jovem a intelectual dedicou a vida à literatura, com livros que oferecem um olhar marcante e sensível para a história e para o sentimento humano, sempre ligado à percepção do mundo à sua volta. Piñon escreveu livros em que prevalece a voz coletiva pois, como ela diz, "o escritor tem dentro de si as vozes do mundo".

— A literatura abriu-me as portas do paraíso, e ao mesmo tempo do inferno. Me ensinou a ser mestre de mim mesma, porque eu aceitei a maestria do mundo. Vivi sempre com intensidade. Não me furtei de viver, não me furtei de aprender, não me furtei de amar profundamente a língua portuguesa que é a grande razão da minha vida — disse, em entrevista à imprensa portuguesa.

Obras imortais

Nélida Piñon, imortal pela Academia Brasileira de Letras, nasceu no Rio de Janeiro em 1937. Formou-se em jornalismo, escreveu para diferentes publicações. Em 1961, lançou seu primeiro trabalho, Guia-mapa de Gabriel Arcanjo.  Em seguida, viriam os livros de contos Tempo das frutas e Sala de Armas e os romances Fundador e A Casa da paixão. Primeiros momentos de uma carreira de enorme sucesso, que veria também o lançamento de obras marcantes da literatura nacional, como A República dos Sonhos, A Doce Canção de Caetana e O Calor das Coisas.