Segundo o Museu Nacional, a reconstrução dos telhados deste bloco histórico está em andamento. Todas as lajes de cobertura estão concretadas e impermeabilizadas; e 50% da estrutura metálica e dos caibros já foram instalados.
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
A fachada do Museu Nacional foi reinaugurada na sexta-feira, quatro anos após o incêndio que destruiu 85% do acervo. A obra de restauração foi iniciada em novembro de 2021 e seguiu as recomendações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Cerca de 150 profissionais atuaram em diversas frentes de trabalho nos últimos dez meses para restaurar a fachada frontal. De acordo com a administração do museu, foi necessário consolidar alvenarias, restaurar esquadrias, ferragens, gradis, produzir 100 novas esquadrias, mantendo como referência as formas originais que existiam até setembro de 2018. Segundo o Museu Nacional, a reconstrução dos telhados deste bloco histórico está em andamento. Todas as lajes de cobertura estão concretadas e impermeabilizadas; e 50% da estrutura metálica e dos caibros já foram instalados. Serviços para melhoria do sistema de captação de águas pluviais e a execução do sistema de proteção contra descargas atmosféricas seguem em curso. Do total de atividades contratadas para restaurar fachadas, coberturas e esquadrias do bloco histórico do Palácio, 70% já foram executadas. Incluindo ações de maior complexidade, como reforço metálico de vãos, consolidação de alvenarias internas e concretagem das lajes. – Estamos vivendo um momento histórico. Podermos, no bicentenário da Independência, entregar uma pequena parte do Museu Nacional, esse patrimônio do Brasil, paisagem afetiva e cartão-postal do Rio de Janeiro. E isso depois de apenas quatro anos da maior tragédia no cenário cultural brasileiro. O amarelo ocre da fachada e o verde das portas são as mesmas cores do período imperial, ressaltando o compromisso do Projeto em preservar a identidade e a trajetória arquitetônica do palácio – afirma o Diretor do Museu Nacional/UFRJ, Alexander Kellner. De acordo com Kellner, a obra na fachada e na cobertura do bloco 1 teve custo de R$ 23 milhões e ainda precisam ser captados cerca de 40% dos recursos. A restauração não depende da verba do orçamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituição responsável pelo Museu Nacional.