O artefato foi encontrado na última sexta-feira durante as obras de escoramento, que estão sendo acompanhadas por técnicos do museu.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
A equipe da área de meteorítica do Museu Nacional conseguiu resgatar o meteorito Angra dos Reis dos escombros do prédio-sede da instituição, afetado por um grande incêndio no início de setembro.
O artefato foi encontrado na última sexta-feira durante as obras de escoramento, que estão sendo acompanhadas por técnicos do museu.
Segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa do Museu Nacional, o meteorito está intacto porque estava em um armário de ferro que resistiu ao fogo. De acordo com a instituição, o valor do meteorito, o único resgatado logo depois de cair na terra sem ser submetido a qualquer intempérie, é incalculável.
De acordo com a professora Maria Elizabeth Zucolotto, o Angra dos Reis tem uma importância tão grande que chegou a batizar uma nova classe de meteoritos, a classe dos angritos. A peça foi resgatada na cidade de Angra dos Reis, no sul do estado do Rio, próximo à Igreja do Bonfim, em 1869. A maior parte do meteorito, com 70 gramas, está sob guarda do Museu Nacional.
INPI doa móveis para ajudar na recuperação
O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), vinculado ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), concluiu no dia 17 deste mês a doação de 1.164 itens, em sua maioria móveis, para o Museu Nacional. Os móveis, que incluem mesas, cadeiras, estações de trabalho, gaveteiros e armários, vão auxiliar na restruturação do Museu Nacional, cujo acervo foi em grande parte destruído pelo incêndio do último dia 2 de setembro.
A entrega do primeiro lote ocorreu no último dia 15. A ideia da doação surgiu da necessidade de o instituto se liberar de equipamentos ociosos que estavam em sua sede antiga, no Edifício A Noite, situado na Praça Mauá, zona portuária do Rio de Janeiro, para permitir a devolução do imóvel à Secretaria do Patrimônio da União (SPU).
O diretor de Administração do INPI, Júlio César Moreira, explicou que a medida faz parte do planejamento estratégico do instituto. “Para a devolução para a SPU, o prédio tem que estar livre de pessoas e de coisas. Nós já estamos com o prédio totalmente esvaziado de pessoas. Precisava dar um encaminhamento aos móveis que estão ociosos e que o INPI não mais utilizará”.
A ideia, então, foi procurar, dentro do que especifica a lei, uma utilidade pública para aqueles móveis e descobrir alguma instituição que tivesse interesse e necessidade de adquiri-los. A pesquisa realizada identificou disposição do Museu Nacional de ficar com os itens.
Parte dos móveis será levada para o Horto Botânico do Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, onde alguns setores estão funcionando. Outros serão usados na direção do museu, nos serviços de museologia e assistência ao ensino e nos departamentos de invertebrados, geologia, paleontologia, entomologia e etnologia.
Moreira frisou que a doação dá uma destinação adequada aos itens, e atende ao princípio da administração pública de tornar os órgãos eficientes e ter qualidade nos seus serviços.
Edifício A Noite
A meta do INPI é fazer a devolução do Edifício A Noite à SPU até o dia 30 de dezembro, para sua futura alienação. Segundo Moreira, a entrega do imóvel representará uma economia para o Instituto em torno de R$ 300 mil mensais, que são gastos atualmente para a manutenção do imóvel, incluindo brigada de incêndio, custos de luz e água, elevadores, entre outros gastos. O INPI tem obrigação legal de tomar conta do prédio enquanto está sob sua guarda.
O diretor acrescentou que há diversos interessados no imóvel e em fazer sua reforma adequada, mas ainda não houve concretização desse interesse.