No ‘Assentamento Zumbi do Palmares’, no município de Mari (PB), os estudantes do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) puderam conhecer de perto o funcionamento de uma agroindústria e se impressionaram com a auto organização do movimento.
Por Redação - de Brasília e Mari (PB)
Em meio aos ataques e a tentativa de criminalização do Movimento dos Trabalhadores Rurais (MST) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), em Brasília, os camponeses abriram as portas de suas áreas, entre assentamentos e acampamentos, para mostrar o que, de fato, a reforma agrária pode gerar ao país.
No ‘Assentamento Zumbi do Palmares’, no município de Mari (PB), os estudantes do Instituto Federal da Paraíba (IFPB) puderam conhecer de perto o funcionamento de uma agroindústria e se impressionaram com a auto organização do movimento.
— Eu acho que foi um agregador para o nosso conhecimento e também um agregador para nós enquanto seres humanos, poder ver o que é esse movimento e como ele é importante — relata Aluylken Teixeira de Cássia, estudante do curso de Licenciatura em Ciência Biológicas do IFPB Campus Cabedelo, que pisou pela primeira vez em um assentamento do MST.
Experiência
O jovem lembra que antes tinha preconceito contra o movimento.
— Parte muito desses princípios que as pessoas dizem, que quem está ligado ao movimento não tem uma experiência acadêmica, não tem uma experiência profissional. Na verdade tudo isso aqui existe aqui, e existe dentro do movimento. Pessoas que dão uma contribuição enriquecedora para as comunidades. São pessoas formadas e com capacitação — pontua.
A visita guiada dos estudantes do IFPB faz parte da Jornada Nacional de Vivências do MST, que se estendeu durante a primeira quinzena de junho em todas as regiões do país.
— É aqui onde a gente pode mostrar quem a gente é de verdade, a partir da nossa produção, a partir dos espaços de moradia construídos, a partir das nossas cooperativas, nossas escolas, do bem-estar das pessoas. Então esse é o lugar que a gente quer que a sociedade conheça o MST — resumiu Gilmar Felipe, da Direção Nacional do MST na Paraíba.