Rio de Janeiro, 06 de Dezembro de 2024

Mpox não é nova covid, diz diretor da Organização Mundial da Saúde

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Terça, 20 de Agosto de 2024 às 12:25, por: CdB

O diretor regional da OMS lembrou que, há dois anos, foi possível controlar a doença na Europa graças ao envolvimento direto com grupos mais afetados.

Por Redação, com ABr – de Genebra

O diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Hans Kluge, disse nesta terça-feira (20), em Genebra, que a mpox,  independentemente de se tratar da nova variante 1, por trás do surto atual na África, ou da variante 2, responsável pela emergência global em 2022 – não configura “uma nova covid”.

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Há necessidade de compra de vacinas

– Sabemos muito sobre a variante 2. Ainda precisamos aprender mais sobre a variante 1. Com base no que sabemos, a mpox é transmitida sobretudo através do contato da pele com as lesões, inclusive durante o sexo – disse. “Sabemos como controlar a mpox e, no continente europeu, os passos necessários para eliminar completamente a transmissão,” disse.

O diretor regional da OMS lembrou que, há dois anos, foi possível controlar a doença na Europa graças ao envolvimento direto com grupos mais afetados, incluindo homens que fazem sexo com homens (HSH). “Implementamos uma vigilância robusta, investigamos exaustivamente novos contatos de pacientes e fornecemos conselhos sólidos de saúde pública”, detalhou.

– Mudança de comportamento, ações não discriminatórias de saúde pública e vacinação contra a mpox contribuíram para controlar o surto (em 2022) – disse. “Mas, devido à falta de compromisso e de recursos, falhamos na reta final”, alertou, ao citar que a Europa registra, atualmente, cerca de 100 novos casos da variante 2 todos os meses.

Emergência global

Para Kluge, a nova emergência global por mpox, provocada pela nova variante 1, permite que o continente volte a se concentrar também na variante 2. Dentre as ações destacadas por ele estão fortalecer a vigilância e o diagnóstico de casos e emitir recomendações de saúde pública, inclusive para viajantes, “baseados na ciência, não no medo, sem estigma e sem discriminação”.

O diretor OMS Europa destacou ainda a necessidade de aquisição de vacinas e medicamentos antivirais para os que mais precisam, conforme estratégias de risco. “Em suma, mesmo que reforcemos a vigilância contra a nova variante 1, podemos, e devemos, nos esforçar para eliminar a variante 2 do continente de uma vez por todas”, preconizou.

– A necessidade de uma resposta coordenada, neste momento, é maior na região africana. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças na África declarou a mpox uma emergência continental pouco antes da declaração global feita pela OMS. A Europa deve optar por agir em solidariedade – concluiu, ao citar ações imediatas para o que classificou como “momento crítico”, como também ações de longo prazo.

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