A declaração ocorre no momento em que as tensões aumentam na fronteira comum com o Líbano, após trocas de tiros entre o grupo e forças israelenses nas últimas semanas.
Por Redação, com CartaCapital – de Jerusalém
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse, nesta terça-feira 18, que o movimento Hezbollah seria destruído no caso de uma “guerra total”.
A declaração ocorre no momento em que as tensões aumentam na fronteira comum com o Líbano, após trocas de tiros entre o grupo e forças israelenses nas últimas semanas.
– Estamos muito próximos do momento em que decidiremos mudar as regras do jogo contra o Hezbollah e o Líbano. Em uma guerra total, o Hezbollah será destruído e o Líbano será duramente atingido – disse Katz, de acordo com um comunicado do seu gabinete.
Inteligência israelense alertou sobre plano do Hamas
Um relatório da inteligência israelense redigido semanas antes do ataque do Hamas em 7 de outubro alertou os comandos militares sobre um plano do movimento islamista palestino para sequestrar centenas de pessoas em Israel, informou a emissora pública israelense Kan.
A unidade 8200, responsável pelas escutas telefônicas, redigiu o documento em 19 de setembro, quase três semanas antes do ataque do Hamas que desencadeou a guerra em Gaza, informou Kan na segunda-feira.
O relatório inclui detalhes sobre o treinamento de comandos de elite do Hamas para atacar posições militares e kibutz no sul de Israel.
A rede informou que o movimento islamista pretendia fazer entre “200 e 250 reféns”.
O ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro deixou 1.194 mortos, a maioria civis, no sul de Israel.
Naquele dia, os comandos do grupo sequestraram 251 pessoas, segundo a contagem baseada em dados oficiais israelenses. O Exército israelense estima que 116 pessoas permanecem cativas em Gaza, embora acredite que 41 reféns tenham morrido.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que deixou pelo menos 37.372 mortos em Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo Hamas desde 2007.
Altos oficiais de inteligência do Comando Militar Sul, responsável pela Faixa de Gaza, estavam cientes do relatório, disse Kan, citando autoridades de segurança, que falaram sob condição de anonimato.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeita os apelos à abertura de uma comissão de investigação sobre o ataque do Hamas e defende que deve acontecer quando a guerra terminar.
Um porta-voz militar israelense, questionado pela AFP sobre o relatório de Kan, afirmou que o Exército está “investigando” o que aconteceu em 7 de outubro.