Segundo Moreira "a proposta era de que ele (Delgatti) iria trabalhar no Ministério da Defesa, no sentido de fiscalizar a lisura das urnas”. O advogado também explicou, em entrevista à mídia conservadora, que Delgatti desempenhou o papel de elaborar questionamentos submetidos depois ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Por Redação - de Brasília
Caberá ao Ministério da Defesa acionar a Polícia Federal (PF) para apurar as denúncias do advogado Ariovaldo Moreira, que atua na defesa do hacker Walter Delgatti Neto, de que o seu cliente recebeu apoio de militares na tentativa de questionar a lisura das eleições pelas urnas eletrônicas, no que se mostraria posteriormente um processo de tentativa de descredibilização do sistema eleitoral.
Segundo Moreira "a proposta era de que ele (Delgatti) iria trabalhar no Ministério da Defesa, no sentido de fiscalizar a lisura das urnas”. O advogado também explicou, em entrevista à mídia conservadora, que Delgatti desempenhou o papel de elaborar questionamentos submetidos depois ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), levantando dúvidas sobre a segurança e lisura das urnas eletrônicas.
Assessor
Conforme relatado por Moreira, o hacker, reconhecido por estar associado à Operação Vaza Jato e detido na quarta-feira, foi levado ao Ministério da Defesa durante o governo Jair Bolsonaro (PL) pelo coronel Marcelo Costa Câmara, que ocupava o cargo de assessor especial na Presidência.
Nas instalações do ministério, Delgatti teria se encontrado com o então ministro Paulo Sérgio Nogueira; além de ter conversado com um grupo que incluía o coronel Eduardo Gomes da Silva. Gomes da Silva atualmente ocupa um cargo na administração Lula como coordenador de Modernização do Estado, vinculado à Secretaria-Geral da Presidência.
Durante a administração Bolsonaro, ele ficou marcado por aparecer ao lado do então presidente em uma transmissão ao vivo onde foram lançadas suspeitas sobre as urnas, em julho de 2021.