Rio de Janeiro, 27 de Março de 2025

Manifestantes atacam embaixadas estrangeiras em Kinshasa

Um dos alvos foi a sede diplomática de Ruanda, país acusado de colaborar com a ofensiva do M23 na província de Kivu do Norte, região rica em recursos minerais.

Terça, 28 de Janeiro de 2025 às 13:30, por: CdB

Um dos alvos foi a sede diplomática de Ruanda, país acusado de colaborar com a ofensiva do M23 na província de Kivu do Norte, região rica em recursos minerais.

Por Redação, com ANSA – de Kinshasa

Manifestantes atacaram diversas embaixadas estrangeiras em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), na esteira dos combates entre o grupo rebelde M23 e o Exército em Goma, no leste do país.

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Soldados congoleses se rendem a milicianos do M23 em Goma

Um dos alvos foi a sede diplomática de Ruanda, país acusado de colaborar com a ofensiva do M23 na província de Kivu do Norte, região rica em recursos minerais.

As embaixadas de Bélgica, Estados Unidos, França, Quênia e Uganda também foram atingidas por atos de vandalismo durante um protesto contra a escalada do conflito no leste da RDC.

– Esses ataques são inaceitáveis – declarou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noel Barrot. Já o chanceler da Itália, Antonio Tajani, conversou com a Embaixada de Roma em Kinshasa, mas ouviu que a sede não foi atacada pelos manifestantes.

União Europeia

A União Europeia, por sua vez, cobrou a “proteção dos diplomatas” e condenou “todos os ataques contra embaixadas estrangeiras”, além de afirmar que a ofensiva do M23 e de Ruanda em Kivu do Norte “agrava ainda mais a desastrosa crise humanitária” no país africano.

Os milicianos e os soldados ruandeses entraram no centro de Goma no último domingo, enquanto as tropas da RDC tentam conter o avanço. Kinshasa acusa Ruanda de querer se apossar das riquezas minerais do Kivu do Norte, enquanto Kigali diz que se envolveu no conflito para proteger sua “segurança e integridade territorial”.

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