Manifestantes contrários ao governo enfrentaram a polícia em Paris no sábado, atirando objetos, queimando carros e destruindo lojas e restaurantes no quarto fim de semana de protestos que abalaram a autoridade de Macron.
Por Redação, com Reuters - de Paris O presidente da França, Emmanuel Macron, deve fazer um grande anúncio na próxima semana depois da ocorrência de mais atos violentos realizados por manifestantes conhecidos como “coletes amarelos”, anunciou o governo neste domingo.Manifestantes contrários ao governo enfrentaram a polícia em Paris no sábado, atirando objetos, queimando carros e destruindo lojas e restaurantes no quarto fim de semana de protestos que abalaram a autoridade de Macron.
O presidente está enfrentando crescentes críticas por não se pronunciar por mais de uma semana após a piora da violência. Seu último discurso à nação ocorreu em 27 de novembro, quando afirmou que não será levado a alterar suas políticas por “bandidos”.
– Claro que o presidente da República fará anúncios importantes – disse o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, à emissora LCI neste domingo. “Contudo, nem todos os problemas dos ‘coletes amarelos’ serão resolvidos com uma varinha mágica”, acrescentou.
Após os protestos das últimas semanas, o governo ofereceu uma série de concessões para tentar apaziguar os ânimos, cancelando aumentos de impostos sobre combustíveis planejados para janeiro e congelando os preços da eletricidade, no que foi considerado o primeiro grande recuo do governo Macron. O primeiro-ministro, Edouard Philippe, foi o responsável por fazer o anúncio.
Importantes aliados de Macron disseram na sexta-feira que o presidente faria um discurso à nação no começo da próxima semana. O presidente já desistiu de aumentar impostos sobre os combustíveis, mas a medida não conteve os “coletes amarelos”, que demandam menos impostos, aumento do salário mínimo e melhoria dos benefícios da aposentadoria.
Em uma outra entrevista, para a emissora BFM, Griveaux disse que o presidente vai discursar à nação no começo da próxima semana.
– Quando você vê esse nível de protestos, está claro que precisamos mudar o método, mas isso não significa que não faremos também importantes anúncios – disse.
Apesar das concessões já feitas, Macron fechou as portas, até aqui, para realizar outros desejos dos manifestantes, devido ao receio de aumentar o déficit do país e descumprir regras da União Europeia.