No Estado, os temporais também provocaram danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais, com 113 trechos seriamente danificados em 61 delas, com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes. Sete rodovias com bloqueios foram liberadas ao longo das últimas horas.
Por Redação – de Porto Alegre
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou à capital gaúcha, na manhã deste domingo e, segundo o governador Eduardo Leite (PSDB), há hoje um “cenário de guerra” no Rio Grande do Sul. O número de mortos, neste domingo, subiu para 75 e houve um aumento dramático no total de desaparecidos (103) em decorrência às fortes chuvas que atingem o Estado, nos últimos dias. Leite, na reunião com o presidente, informou que há 780.725 pessoas afetadas pela tragédia e 155 feridos. A Defesa Civil reportou à comitiva presidencial que 334 municípios foram afetados pela enchente histórica. Ao todo, há 16.609 desabrigados, instalados em alojamentos cedidos pelo poder público; além de 88.019 desalojados.
Ainda segundo a Defesa Civil, havia neste domingo cerca de 839 mil imóveis sem abastecimento de água, com o colapso dos reservatórios da empresa Corsan, e 421 mil domicílios sem energia elétrica.
As fortes chuvas também danificaram o serviço de telefonia em várias cidades. A TIM informou que 46 municípios estavam sem serviços de telefonia e internet nesta manhã, enquanto a Vivo reporta o problema em 45 cidades, e a Claro em 24 municípios.
‘Plano Marshall’
As aulas permanecem suspensas nas 2.338 escolas da rede estadual e quase 200 mil alunos encontram-se prejudicados. Segundo levantamento do governo estadual, 250 escolas tiveram sua estrutura danificada pelas chuvas.
No Estado, os temporais também provocaram danos e alterações no tráfego nas rodovias estaduais, com 113 trechos seriamente danificados em 61 delas, com bloqueios totais e parciais, entre estradas e pontes. Sete rodovias com bloqueios foram liberadas ao longo das últimas horas.
De acordo com o governo gaúcho, duas barragens estavam em situação de emergência, com risco iminente de romperem.
Ao presidente Lula, o governador Eduardo Leite disse que a região vai precisar de uma espécie de “Plano Marshall”, em referência ao esforço dos Estados Unidos para reconstrução de países aliados, após a Segunda Guerra Mundial.