Em busca de um impulso às tratativas, o líder brasileiro deve manter encontros com representantes de diversos blocos de países, como a União Europeia, o Grupo Árabe e o Grupo Africano.
Por Redação, com Reuters – de Belém do Pará
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou nesta quarta-feira em Belém para participar de conversas de alto nível com representantes de diversos governos na COP30, que entra na sua fase final de negociações.
Em busca de um impulso às tratativas, o líder brasileiro deve manter encontros com representantes de diversos blocos de países, como a União Europeia, o Grupo Árabe e o Grupo Africano; além dos pequenos Estados insulares, os mais ameaçados pelo aumento do nível dos mares.
Em uma solenidade na última terça-feira, Lula disse que voltaria a Belém para “fazer os acordos que precisam ser feitos” e assegurar o sucesso da COP30.
Discurso
O presidente deverá discutir com os representantes internacionais temas sensíveis e de difícil consenso, como o financiamento prometido por países desenvolvidos para que nações pobres possam custear políticas de combate ao aquecimento global e de preservação das florestas tropicais; além do fim da dependência dos combustíveis fósseis, como ele próprio defendeu em seu discurso da semana passada em Belém.
Até agora, 118 países apresentaram as suas NDCS (sigla em inglês para Contribuições Nacionalmente Determinadas) ou seja, metas que os próprios países se submetem para reduzir as emissões e cumprir os objetivos do Acordo de Paris.
A pauta do 10º dia de Conferência envolvia o papel das mulheres na luta climática, as soluções para os sistemas agroalimentares e uma reunião de Alto Nível sobre a Ação Climática Global, um momento decisivo do dia voltado para a apresentação de encaminhamentos e anúncios dos principais líderes presentes.
Transição
Um dia antes do desembarque do presidente, dezenas de países que formam a chamada Aliança para Além do Petroléo e Gás se reuniram em coletiva de imprensa para demonstrar apoio ao chamado do líder brasileiro e da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima Marina Silva para a elaboração de um ‘Mapa do Caminho’ para transição dos combustíveis fósseis.
— O Brasil não tem medo de discutir a transição energética. Já sabemos que não é preciso desligar máquinas e motores, nem fechar fábricas ao redor do mundo de um dia para o outro. A ciência e a tecnologia nos permitem evoluir de forma segura para um modelo centrado nas energias limpas — resumiu o presidente, na Cúpula de Líderes que antecedeu a Conferência do Clima, semana passada.
