Ao todo, sete empresas públicas saíram de programa de desestatização, EBC entre elas. Outras três foram retiradas de programas de parcerias privadas.
Por Redação, com RBA - de Brasília
O presidente Lula (PT) excluiu os Correios e mais seis estatais do Programa Nacional de Desestatização. Outras 3 companhias foram retiradas do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A medida foi anunciada em edição extra do Diário Oficial da União na quinta-feira, e responde a recomendação do Conselho de Programa de Parcerias e Investimentos.
Em nota, o Ministério das Comunicações informou que o objetivo do governo é “reforçar o papel destas empresas na oferta de cidadania e ampliar ainda mais os investimentos”.
As sete empresas que saem do programa de privatização do governo são:
ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos);
EBC (Empresa Brasil de Comunicação);
Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência);
Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A.);
Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados);
ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A.);
Ceitec (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A.).
Por sua vez, as que não integram mais o programa de parcerias são:
Conab (Armazéns e imóveis de domínio da Companhia Nacional de
Abastecimento);
PPSA (Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. – PréSal Petróleo S.A.) e;
Telebras (Telecomunicações Brasileiras S.A.).
Correios, estatais e crescimento
A privatização dos Correios foi uma das principais pautas do governo Jair Bolsonaro (PL), ao lado do seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Em fevereiro de 2021, o ex-presidente enviou ao Congresso a proposta de modelo de privatização que previa a venda de 100% da estatal.
À época, a previsão era que o leilão para concretizar a venda ocorreria no primeiro semestre de 2022. No entanto, a privatização dos Correios travou no Senado, após ser aprovada pela Câmara.
Em toda a campanha eleitoral, Lula afirmou ser contra as privatizações do patrimônio empresarial do país e defendeu o uso de estatais para indução do crescimento econômico.
Já no dia da posse do cargo presidencial, em 1º de janeiro, ele assinou decreto determinando a revogação de processos de privatização de oito estatais, incluindo a Petrobras e os Correios.
Até o fechamento desta matéria, as representações dos trabalhadores dos Correios não haviam se manifestado sobre a decisão do governo de retirar a empresa do programa de privatizações.