Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Lula retira Correios e outras estatais de plano de privatização

Arquivado em:
Sexta, 07 de Abril de 2023 às 11:47, por: CdB

Ao todo, sete empresas públicas saíram de programa de desestatização, EBC entre elas. Outras três foram retiradas de programas de parcerias privadas.


Por Redação, com RBA - de Brasília


O presidente Lula (PT) excluiu os Correios e mais seis estatais do Programa Nacional de Desestatização. Outras 3 companhias foram retiradas do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A medida foi anunciada em edição extra do Diário Oficial da União na quinta-feira, e responde a recomendação do Conselho de Programa de Parcerias e Investimentos.




correio.jpeg
Alvo cobiçado por grandes empresas de logística, Correios será mantida pública e receberá investimentos para modernização, em vez de sucateada

Em nota, o Ministério das Comunicações informou que o objetivo do governo é “reforçar o papel destas empresas na oferta de cidadania e ampliar ainda mais os investimentos”.



As sete empresas que saem do programa de privatização do governo são:


ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos);

EBC (Empresa Brasil de Comunicação);

Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência);

Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A.);

Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados);

ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias S.A.);

Ceitec (Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada S.A.).

Por sua vez, as que não integram mais o programa de parcerias são:


Conab (Armazéns e imóveis de domínio da Companhia Nacional de

Abastecimento);

PPSA (Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. – PréSal Petróleo S.A.) e;

Telebras (Telecomunicações Brasileiras S.A.).

Correios, estatais e crescimento


A privatização dos Correios foi uma das principais pautas do governo Jair Bolsonaro (PL), ao lado do seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Em fevereiro de 2021, o ex-presidente enviou ao Congresso a proposta de modelo de privatização que previa a venda de 100% da estatal.


À época, a previsão era que o leilão para concretizar a venda ocorreria no primeiro semestre de 2022. No entanto, a privatização dos Correios travou no Senado, após ser aprovada pela Câmara.


Em toda a campanha eleitoral, Lula afirmou ser contra as privatizações do patrimônio empresarial do país e defendeu o uso de estatais para indução do crescimento econômico.


Já no dia da posse do cargo presidencial, em 1º de janeiro, ele assinou decreto determinando a revogação de processos de privatização de oito estatais, incluindo a Petrobras e os Correios.


Até o fechamento desta matéria, as representações dos trabalhadores dos Correios não haviam se manifestado sobre a decisão do governo de retirar a empresa do programa de privatizações.



Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo