Rio de Janeiro, 16 de Abril de 2025

Lula destrava reforma, com substituição nas Comunicações

Lula confirma Pedro Lucas Fernandes como novo ministro das Comunicações após saída de Juscelino Filho. Entenda os detalhes da reforma ministerial.

Quinta, 10 de Abril de 2025 às 20:33, por: CdB

O presidente sinalizou que o deputado Pedro Lucas Fernandes (UB-MA), atual líder do partido na Câmara, ficará com a vaga.

Por Redação – de Brasília

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adiantou que o partido União Brasil (UB) manterá a indicação de um nome para a vaga de ministro das Comunicações, após a saída de Juscelino Filho do cargo. Lula, na véspera, após participar da IX Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) em Tegucigalpa, abordou o assunto em conversa com jornalistas.

Lula destrava reforma, com substituição nas Comunicações | O deputado Pedro Lucas Fernandes (UB-MA) recebeu a indicação de Alcolumbre
O deputado Pedro Lucas Fernandes (UB-MA) recebeu a indicação de Alcolumbre

O presidente sinalizou que o deputado Pedro Lucas Fernandes (UB-MA), atual líder do partido na Câmara, ficará com a vaga.

— O União Brasil tem o direito de me indicar um sucessor para o Juscelino, que é do União Brasil. Eu já tenho o nome, eu conheço o Pedro Lucas. Vou conversar com o União Brasil e, se for o caso, eu já discuto a nomeação dele. Vou convocar o presidente do Senado, (Davi) Alcolumbre (UB-AP), alguns dirigentes do União Brasil e vamos conversar — disse o presidente.

 

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Dia a dia

Lula também comentou a saída de Juscelino Filho do cargo de ministro das Comunicações. O agora ex-ministro pediu desligamento da função na terça-feira, após ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostos desvios em emendas parlamentares quando era deputado.

— É uma prática, desde o meu primeiro mandato, que todas as pessoas têm o direito de se defender, provar sua inocência, mas, toda vez que um ministro é denunciado pelo procurador-geral, é uma política saudável que ele se afaste do governo para poder provar sua inocência e não comprometer o dia a dia do governo. O dia a dia do governo é de muito trabalho, muita coisa prática — acrescentou.

O presidente, no entanto, preferiu não anunciar outras mudanças no primeiro escalão, possibilidade que ganhou força após a primeira metade do mandato.

— Eu vou repetir para vocês: qualquer mudança no governo é uma decisão unilateral do presidente da República, a não ser que um partido que tem um ministro queira tirar o ministro, ele tem o direito de dizer que não quer mais o ministro, e eu tenho o direito, ou não, de indicar outro desse mesmo partido — pontuou.

 

Declaração

A IX Cúpula da Celac foi encerrada, na véspera, com a divulgação de uma declaração conjunta marcada por dissidências de três países-membros: Argentina, Nicarágua e Paraguai.

Embora a maior parte dos 33 países do bloco tenha endossado os termos do documento, os três governos optaram por não assinar a declaração final. No rodapé do texto, a Celac reconhece que a declaração “foi contestada pelas delegações” dos três países “por diferentes razões”, ressaltando que os demais membros “respeitam e reconhecem” essas posições divergentes.

O principal ponto de discórdia da Argentina está no item 2 da declaração, que reafirma a América Latina e o Caribe como uma “Zona de Paz” e, em seu trecho final, condena “a imposição de medidas coercitivas unilaterais, contrárias ao Direito Internacional, incluindo aquelas que restringem o comércio internacional”.

Embora o texto não cite diretamente os Estados Unidos ou seu presidente de extrema direita, Donald Trump, o trecho foi interpretado como uma crítica às políticas protecionistas adotadas por Washington. O governo de Javier Milei, alinhado politicamente a Trump, se opôs à inclusão da frase.

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