Rio de Janeiro, 14 de Junho de 2025

Lula convoca governadores para combate aos incêndios criminosos

Há pelo menos dois meses, integrantes do governo têm realizado reuniões semanais para tratar da seca e das queimadas. Dessa vez, diante do agravamento dos casos, o comando será de Lula.

Terça, 27 de Agosto de 2024 às 19:05, por: CdB

Há pelo menos dois meses, integrantes do governo têm realizado reuniões semanais para tratar da seca e das queimadas. Dessa vez, diante do agravamento dos casos, o comando será de Lula.

Por Redação – de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou uma reunião com governadores dos Estados atingidos por incêndios florestais para esta quarta-feira. O Palácio do Planalto confirmou o encontro, nesta manhã. Para o governo o aumento no número de queimadas, por ações criminosas, tornou-se uma questão nacional, sob suspeita de que as ações são coordenadas.

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O presidente Lula determinou a ampliação das investigações sobre incêndios criminosos

Há pelo menos dois meses, integrantes do governo têm realizado reuniões semanais para tratar da seca e das queimadas. Dessa vez, diante do agravamento dos casos, o comando será de Lula. Os ministérios do Meio Ambiente, Defesa, Justiça, Desenvolvimento Regional e Casa Civil estão mobilizados e tem prestado informações ao Planalto.

Ao todo, a Polícia Federal (PF) comanda 32 investigações sobre os incêndios em São Paulo e nos biomas da Amazônia e Pantanal, desde o ano passado. Segundo o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho; além das características próprias do período de estiagem em vários Estados brasileiros, há incêndios incomuns para esta época do ano.

— Fogo não pega. Fogo é colocado. No caso de São Paulo, foram muitos incêndios no mesmo momento. Pode ser coincidência, mas as imagens de satélites mostram vários focos na mesma hora — afirmou. Nesta manhã, o Ibama realizou uma reunião com as secretarias de meio ambiente dos Estados atingidos.

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Segurança

Lula aproveita a presença dos governadores de Estados atingidos pelo chamado ‘Dia do Fogo’, uma ação criminosa coordenada por facções criminosas, em todo o país, para convidar os demais gestores dos 27 Estados à reunião desta quarta-feira.

Na véspera, o presidente afirmou em reunião com líderes da base aliada, na Câmara, que chamaria todos os governadores ao Planalto para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.

A iniciativa prevê a ampliação das funções da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal (PRF); além da inclusão do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) na Constituição.

 

Avaliação

A Segurança Pública é considerada uma área de maior competência de Estados e municípios, mas o Planalto acredita que uma má performance afeta a popularidade do governo federal. As reuniões com os governadores têm como objetivo ouvi-los sobre o tema e fechar as discussões sobre a PEC, que já foi criticada por tirar autonomia dos Estados.

O presidente quer passar a mensagem de que pode cooperar com a bancada dos Estados, inclusive os governados por bolsonaristas. A PEC da Segurança Pública é a principal aposta do governo para melhorar a avaliação da opinião pública sobre o tema.

Pesquisas encomendadas pelo Planalto mostram que segurança é a área com pior avaliação do governo Lula, com apenas 27 % dos entrevistados avaliando a gestão positivamente.

 

Eleições

Ainda na reunião ocorrida na véspera, com líderes partidários da base de apoio ao governo e representantes de bancadas da Câmara, o presidente aproveitou para fazer um balanço das votações e do andamento da pauta legislativa no Congresso.

Na ocasião, o presidente afirmou que não se envolverá nas eleições para a Mesa Diretora da Câmara, em fevereiro do ano que vem, que vai definir o novo presidente da Casa pelos próximos dois anos. A informação é do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

— (O presidente) afirmou que os três candidatos, todos eles, têm o apreço, por parte do governo, e que não iria opinar sobre um ou outro candidato. Essa foi uma novidade que ele colocou, a despeito das narrativas e versões que são criadas ou constituídas sobre este ou aquele candidato — concluiu Guimarães.

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