Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Liverpool afasta Shaqiri por questões políticas

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Terça, 06 de Novembro de 2018 às 11:23, por: CdB

Shaqiri, kosovar de origem albanesa, se envolveu em controvérsia durante a Copa ao comemorar gol contra a Sérvia fazendo gesto pró-Albânia. Técnico Jürgen Klopp opta por seu afastamento antes de jogo em Belgrado.

Por Redação, com DW - de Londres/Buenos Aires

O Liverpool decidiu não levar o atacante Xherdan Shaqiri, uma de suas estrelas, para a partida contra o Estrela Vermelha de Belgrado pela Liga dos Campeões da Europa, nesta terça feira, na capital da Sérvia. O motivo foi evitar discussões políticas em torno da presença do jogador, que nasceu no que hoje é território do Kosovo e se envolveu em controvérsia durante a Copa do Mundo da Rússia.
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Shaqiri e o gesto polêmico que lhe rendeu uma multa de 10 mil francos suíços da Fifa durante a Copa do Mundo
Shaqiri, que atual pela seleção da Suíça, possui ascendência albanesa, assim como a maioria dos 1,8 milhão de kosovares. Numa partida contra a Sérvia durante a Copa, ele comemorou seu gol na vitória suíça por 2 a 1 fazendo um gesto com as mãos que imitava a águia da bandeira da Albânia, o que foi visto como provocação pelos sérvios. A atitude lhe rendeu uma multa de 10 mil francos suíços (8.730 euros) da Fifa por atitude antidesportiva, ainda que ele tivesse dito após o jogo que seu gesto não teve motivação política. "Estava muito feliz em fazer o gol, é só isso", afirmou então. O episódio gerou temores de que Shaqiri pudesse ter uma recepção pouco amigável em Belgrado. Após mais de uma década da independência do Kosovo da Sérvia, as relações entre os dois países continua tensas. Belgrado se recusa a reconhecer a independência de sua ex-província. Na capital sérvia, o técnico Jürgen Klopp disse que tirou Shaqiri da partida em razão da situação política. "Estamos aqui para jogar futebol. Shaqiri jogará muitas vezes conosco, mas não desta vez", disse o técnico do Liverpool. – Estamos na Sérvia e respeitamos 100% isso. O mundo é assim. A política sempre influenciou a vida, pelo menos no planeta onde vivo – justificou, dizendo que quer a equipe concentrada apenas no jogo.

Messi é investigado por lavagem de dinheiro

Um promotor argentino acusou na última sexta-feira o atacante Lionel Messi e o pai do jogador, Jorge Messi, por suposta lavagem de dinheiro através da fundação que leva o nome do craque do Barcelona, afirmaram fontes próximas ao caso. A investigação liderada pelo promotor Pablo Turano averigua se a Fundação Leo Messi não declarou milionárias doações que recebeu e teria desviado esses recursos a empresas em paraísos fiscais. O atacante e seu pai serão chamados a que prestar depoimento em Buenos Aires no decorrer do inquérito. A acusação chega dois dias depois do depoimento de um ex-colaborador da fundação, que afirmou que parte das contribuições não aparecia nas contas da entidade e eram transferidas a estruturas obscuras em outros países. A testemunha disse na quarta-feira que começou a suspeitar porque, embora a fundação recebesse grandes doações, Messi sempre alegava que não havia recursos para realizar os programas sociais, informou o advogado Pedro Fontanetto. Em março deste ano, o jornal argentino Clarín noticiou que a fundação estava na mira da justiça por ter sido usada suspostamente na lavagem de dinheiro. A investigação teria começado após uma denúncia anônima. Os Messi negaram as acusações na época. A Fundação Leo Messi foi criada em 2007 "a partir da sensibilidade de Lionel para gerar novas oportunidades para concretizar os sonhos de crianças no mundo todo". De acordo com o site oficial, a fundação é uma "entidade sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento de ações solidárias e de compromisso social, tanto na Argentina como no mundo". A investigação na Argentina não é a primeira que o craque enfrenta. Em julho de 2016, Messi e seu pai foram condenados na Espanha por delitos fiscais. O astro do Barcelona e o pai foram acusados de fraudar o Fisco espanhol em 4,2 milhões de euros, entre 2007 e 2009, num caso envolvendo direitos de imagem do jogador e o suposto uso de empresas-fantasma para ocultar lucros. Na época, Jorge Messi assumiu toda a responsabilidade pela gestão tributária do filho, enquanto o jogador assegurou que todos os seus negócios e assuntos financeiros eram controlados pelo pai.
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