Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Líder xiita pede fim de protestos no Iraque

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Terça, 30 de Agosto de 2022 às 10:46, por: CdB

O Iraque vem enfrentando há quase 11 meses uma grave crise política, não conseguindo indicar um novo presidente nem um novo premiê. O partido de Sadr foi o vencedor das últimas eleições gerais, realizadas em outubro, sendo a maior força do Parlamento, com 73 dos 329 deputados eleitos.

Por Redação, com Reuters - de Bagdá

O líder xiita Moqtada Sadr fez um apelo nesta terça-feira para que seus apoiadores deixem as estradas e os prédios federais de Bagdá "dentro de uma hora" e parem com os protestos contra o governo do país.
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Situação em Bagdá é caótica e prédios federais foram invadidos
Segundo a emissora Al Arabyia, que acompanha a crise in loco, já são 33 as pessoas que morreram em confrontos com forças de segurança ou por brigas com grupos "infiltrados pró-Irã". O número porém não inclui as vítimas entre os policiais e nem entre essas organizações armadas, que incluiriam a Hachd al-Shaabi. Mais de 700 ficaram feridas em maior ou menor grau desde o início dos combates na segunda-feira. Sadr ainda pediu publicamente desculpas ao povo iraquiano por conta dos confrontos letais que vem ocorrendo desde ontem e disse estar "muito triste" com tudo que está acontecendo.

Violência no Iraque

– Estou muito triste com tudo que está acontecendo no Iraque há meses, mas ofereço minhas desculpas ao povo iraquiano pelo que aconteceu. A nossa pátria está prisioneira da corrupção, mas a revolução não é feita com armas. Os protestos devem ser pacíficos – disse ainda o religioso, que agradeceu que as forças de segurança nacionais não atacaram os sadristas quando estes foram alvos dos grupos pró-Irã. O Iraque vem enfrentando há quase 11 meses uma grave crise política, não conseguindo indicar um novo presidente nem um novo premiê. O partido de Sadr foi o vencedor das últimas eleições gerais, realizadas em outubro, sendo a maior força do Parlamento, com 73 dos 329 deputados eleitos. No entanto, por conta da falta de resolução, o líder xiita anunciou nesta segunda que estava "se aposentando" da política após 20 anos de atuação e fechando todos os escritórios do partido. A decisão foi seguida por uma revolta de seus seguidores, que invadiram prédios federais - como o Palácio Republicano - e tomaram as ruas da chamada Zona Verde de Bagdá, local fortificado onde ficam as instituições federais, sedes diplomáticas e residências dos políticos mais influentes do país. Por conta da tensão, o governo baixou um toque de recolher sem prazo determinado, mas os manifestantes, após uma madrugada relativamente sem incidentes, voltaram às ruas nesta manhã e entraram em confronto.
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