O posicionamento gerou controvérsias desde o último final de semana, inclusive com críticas de integrantes do governo da Itália, que se repetiram após as novas declarações de Stoltenberg.
Por Redação, com ANSA – de Roma
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, insistiu nesta segunda-feira em sua crítica sobre o impedimento para que a Ucrânia use as armas doadas pelos aliados para atacar a Rússia.
– A Ucrânia está de mãos atadas por causa das restrições ao uso das armas fornecidas pelo Ocidente. Cabe aos aliados decidir sobre as restrições. Esta não é uma decisão da Otan, é uma decisão de cada um dos aliados, que até agora tomaram diferentes decisões – declarou.
– A minha mensagem é que acredito que tenha chegado o momento para reconsiderar algumas restrições, porque a Ucrânia tem direito à autodefesa. Segundo o direito internacional, isso inclui o direito de atingir alvos militares legítimos fora da Ucrânia – destacou.
Controvérsias
O posicionamento gerou controvérsias desde o último final de semana, inclusive com críticas de integrantes do governo da Itália, que se repetiram após as novas declarações de Stoltenberg.
– Esse senhor é perigoso, porque falar de terceira guerra mundial, de armas ocidentais, europeias e italianas que vão atingir e matar no coração da Rússia me parece muito, muito perigoso. Quem puder, pare-o – disse o vice-premiê e ministro dos Transportes, Matteo Salvini.
O também vice-premiê e chanceler, Antonio Tajani, disse que as afirmações do secretário-geral são “opiniões pessoais”: “A Itália já decidiu: não estamos em guerra com a Rússia, não enviaremos um soldado italiano para combater na Ucrânia, e não somos favoráveis ao uso de instrumentos militares enviados à Ucrânia fora das fronteiras da Ucrânia”.