Pela segunda vez, Estados Unidos recebem o torneio de futebol popular na América do Sul. Mais de 63 milhões de latinos vivem atualmente no país. Imigrantes devem garantir presença e lotação dos estádios.
Por Redação, com DW – de Washington
A Eurocopa disputa a partir de quinta-feira a atenção dos fãs de futebol com o início da Copa América, o segundo torneio de seleções mais antigo do mundo. A edição deste ano será realizada nos Estados Unidos com a participação de 16 times da Conmebol e Concacaf.
A decisão de realizar uma Copa América com seleções de ambas as confederações visa fortalecer e desenvolver o futebol de norte a sul no continente americano. O torneio deve reunir milhares de torcedores vindos de diversos países da região e também imigrantes latino-americanos que vivem nos Estados Unidos.
– É realmente uma grande oportunidade para todos os latinos que vivem nos EUA assistirem às suas seleções e jogadores – afirmou à agência alemã de notícias Deutsche Welle (DW) o diretor comercial da Conmebol, Juan Emilio Roa. “A receita dos ingressos vendidos para essa grande comunidade terá, sem dúvida, um impacto notável na Copa América. Temos também torcedores dos EUA, Canadá e do resto do mundo.”
Segundo a Conmebol, mais de 1 milhão de ingressos foram vendidos para os jogos até momento. A Copa América nos EUA pode ainda superar o recorde de vendas para o torneio, 1,4 milhão, que foi registrado em 2016 na edição Copa América Centenário, também disputada em solo americano.
Torcedores latino-americanos devem lotar os modernos estádios, onde normalmente são disputadas as partidas da NFL, a liga de futebol americano. Quase um quinto da população dos EUA é latina: são 63,7 milhões de pessoas, segundo dados de 2022 do censo americano.
Motivo de orgulho
A Copa América também é motivo de orgulho para as cidades que receberão as partidas. “Sediar dois jogos da prestigiosa Copa América, incluindo o de abertura, é uma grande honra para nossa região”, contou o presidente do Conselho de Esportes de Atlanta, Dan Corso. A primeira partida será disputada entre a atual campeã, Argentina, e Canadá no estádio de Atlanta, e deve contar com o astro Lionel Messi em campo.
A cidade que sediou os Jogos Olímpicos de 1996 reconheceu o valor publicitário do torneio de futebol. Com seus 600 milhões de habitantes, a América Latina está se tornando cada vez mais interessante como mercado diante das mudanças geopolíticas. “A atenção internacional que a realização desse evento e times desse calibre trazem consigo é de um valor inestimável”, afirmou Corso, se referindo a história esportiva recente da cidade.
– Somos um anfitrião experiente e preparado para receber grandes eventos esportivos globais. Estamos ansiosos para receber torcedores de todo o mundo na nossa região agora para a Copa América e daqui a dois anos para a Copa – acrescenta Corso.
Estrelas mundiais prometem espetáculo
Pela segunda vez desde 2016, a Copa América será disputada nos EUA e também terá seleções da América Central e do Norte. Em termos esportivos, a América do Sul tem motivos para se orgulhar: o continente já foi coroado dez vezes campeão mundial, com cinco títulos do Brasil, três da Argentina e dois do Uruguai.
Nesta Copa América, todos os olhos estão voltados para o novo “trio mágico” do Brasil formado pelo talentoso Endrick, de apenas 17 anos, e pelas estrelas mundiais Vini Junior e Rodrygo. Eles tentarão derrubar o trono de um dos melhores jogadores do mundo, Lionel Messi.
Brasil contra Argentina seria a final dos sonhos em 14 de julho em Miami. Dificilmente haverá outra cidade do mundo que possar melhor comercializar uma final como essa do que a metrópole da Flórida.