O mercenário liderava o grupo Wagner, milícia armada que atua em nome da Rússia em diversos países do mundo, especialmente na África. A organização também teve participação na guerra na Ucrânia e chegou a ameaçar uma rebelião contra o regime Putin.
Por Redação, com ANSA - de Moscou
O Kremlin negou nesta sexta-feira que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tenha mandado matar o chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, que desafiou o regime ao incitar uma rebelião no fim de junho.
O mercenário teria morrido na queda de um avião na quarta, gerando especulações sobre as causas do incidente, jornais dos Estados Unidos, citando fontes da inteligência americana, publicaram que a aeronave teria sido derrubada de propósito.
– Obviamente, existem muitas especulações sobre esse incidente aéreo e a trágica morte dos passageiros, incluindo Yevgeny Prigozhin – disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.
– Naturalmente, todas essas especulações no Ocidente são apresentadas com um certo viés. Tudo isso é uma mentira absoluta – acrescentou.
Na quinta, Putin se posicionou publicamente pela primeira vez sobre o caso e chamou a queda do avião de "tragédia". Além disso, definiu Prigozhin como "um homem de destino difícil, mas talentoso".
Grupo Wagner
O mercenário liderava o grupo Wagner, milícia armada que atua em nome da Rússia em diversos países do mundo, especialmente na África. A organização também teve participação na guerra na Ucrânia e chegou a ameaçar uma rebelião contra o regime Putin há dois meses, mas acabou recuando horas depois.
Na ocasião, Prigozhin disse que seu objetivo era "protestar" contra a decisão da Rússia de dissolver o Wagner e incorporá-lo às suas Forças Armadas, e não "derrubar o governo do país".