Rio de Janeiro, 06 de Dezembro de 2025

Jornalista Paulo Soares, o ‘Amigão’, morre aos 63

O jornalista esportivo Paulo Soares, conhecido como Amigão, faleceu aos 63 anos. Ele fez história na TV ao apresentar o programa SportsCenter com Antero Greco.

Segunda, 29 de Setembro de 2025 às 11:29, por: CdB

Profissional fez história na TV ao apresentar programa com Antero Greco, falecido em 2023.

Por Redação, com Agenda do Poder – de São Paulo

Morreu, nesta segunda-feira, o jornalista esportivo Paulo Soares, conhecido pelo público como Amigão, aos 63 anos. A causa da morte não foi divulgada pela família.

Jornalista Paulo Soares, o ‘Amigão’, morre aos 63 | Paulo Soares, na bancada do Sportscenter
Paulo Soares, na bancada do Sportscenter

Com uma carreira marcante na televisão e no rádio, Soares se destacou como apresentador da ESPN, onde dividiu bancada com o colega Antero Greco, que faleceu em maio de 2023, aos 69 anos, vítima de um tumor no cérebro.

Nos últimos anos, enfrentava problemas de saúde e passou por diversas cirurgias na coluna vertebral, realizadas com o objetivo de aliviar dores e melhorar a mobilidade.

O apelido surgiu em 1990, durante sua passagem pela Rádio Record, dado pelo companheiro de profissão Osvaldo Pascoal.

Paulo Soares iniciou a carreira aos 15 anos, como narrador na Rádio Clube Ararense, em fevereiro de 1978. Ao longo de mais de quatro décadas de trabalho, passou por emissoras como Globo, Bandeirantes, Record, Gazeta e Estadão ESPN.

Na televisão, teve passagens pelo SBT, TV Cultura e TV Gazeta, consolidando-se como uma das vozes mais reconhecidas do jornalismo esportivo brasileiro.

Dupla com Antero Greco

Durante anos à frente do SportsCenter, da ESPN Brasil, Paulo Soares e Antero Greco construíram uma das duplas mais carismáticas do jornalismo esportivo brasileiro. Mais do que apenas apresentar notícias e lances esportivos, Paulo e Antero criaram uma linguagem própria, misturando informação e entretenimento com naturalidade.

A famosa “coordenada” — como os fãs passaram a chamar as trocas espirituosas entre os dois — virou uma espécie de marca registrada. O improviso era tipo de comunicação que só era feita com a intimidade entre a dupla.

Mais que piadas, essas coordenadas construíam narrativas. A crítica à má atuação de uma defesa não vinha com raiva ou soberba, mas com ironia bem dosada. O lamento por um time em má fase vinha acompanhado de um olhar humano, e não de sensacionalismo. Ao rir de um lance absurdo, eles convidavam o público a rir junto, não a humilhar.

A emissora lamentou a morte de Soares. “Que a lembrança de sua voz e de seu sorriso continue aquecendo corações”, postou a ESPN, no X.

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