Em depoimento à polícia, Yamagami afirmou que atirou no ex-premiê por acreditar que ele era ligado à Igreja da Unificação, seita cristã para a qual sua mãe teria feito grandes doações em dinheiro, comprometendo as finanças da família.
Por Redação, com ANSA - de Tóquio
O Japão indiciou nesta sexta-feira o homem que assassinou o ex-primeiro-ministro Shinzo Abe durante um comício eleitoral na cidade de Nara em julho passado.
Tetsuya Yamagami, de 42 anos de idade, foi acusado pelas autoridades locais de assassinato e de violar as leis de controle de armas do país, segundo a imprensa japonesa.
A medida confirmada pelo Ministério Público do Distrito de Nara foi anunciada depois que uma longa avaliação psiquiátrica indicou que o homem tem condições de responder por seus atos.
Os motivos
O ex-militar marcará presença em um tribunal japonês para responder os motivos que o levaram a matar Abe com uma arma de fabricação caseira.
Em depoimento à polícia, Yamagami afirmou que atirou no ex-premiê por acreditar que ele era ligado à Igreja da Unificação, seita cristã para a qual sua mãe teria feito grandes doações em dinheiro, comprometendo as finanças da família.
Abe tinha 67 anos de idade e foi o primeiro-ministro mais longevo da história do Japão, ficando marcado por sua cartilha econômica, a "Abenomics", com políticas monetárias expansionistas e reformas estruturais, e por romper com a tradição pacifista do país no pós-guerra.