Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Itália faz buscas para desmantelar grupo neonazista

Além das falas criminosas, os membros da organização teriam feito treinamento paramilitar em algumas cidades das províncias de Nápoles e Caserta com o apoio de ex-combatentes extremistas da Ucrânia, que pertencem a diversos grupos neonazistas.

Terça, 19 de Outubro de 2021 às 09:00, por: CdB

Além das falas criminosas, os membros da organização teriam feito treinamento paramilitar em algumas cidades das províncias de Nápoles e Caserta com o apoio de ex-combatentes extremistas da Ucrânia, que pertencem a diversos grupos neonazistas.

Por Redação, com ANSA - de Roma

A Polícia de Estado de Nápoles desencadeou uma operação nesta terça-feira  contra um grupo neonazista que tem ramificações em, ao menos, outras sete províncias da Itália. Ao todo, são 26 mandados de busca e apreensão contra 15 pessoas investigadas por associação subversiva de matriz neonazista e supremacista.
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Polícia de Nápoles faz operação de busca e apreensão contra 15 pessoas acusadas de associação neonazista
As investigações estão sendo lideradas pela Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais da Polícia de Estado (Digos) da província italiana e pela Direção Central da Polícia de Prevenção - Serviço para o Combate ao Extremismo e ao Terrorismo Interno. Com o apoio de outros órgãos policiais, as buscas estão sendo realizadas em Nápoles e nas províncias de Caserta, Avellino, Roma, Siena, Turim, Ragusa, Lecce e Ferrara. Chamado de "Ordine di Hagal", o grupo usa a Internet para disseminar discurso de ódio racial, de supremacia branca e também contra as vacinas anticovid, bem como grupos no WhatsApp e Telegram.

Adolf Hitler

De acordo com a investigação, o líder da "Ordem" é o italiano Maurizio Ammendola, 40 anos, e o vice-líder é Michele Rinaldi, 46. Os dois também responderão por posse ilegal de armas e por possuir itens que homenageiam Adolf Hitler. Além das falas criminosas, os membros da organização teriam feito treinamento paramilitar em algumas cidades das províncias de Nápoles e Caserta com o apoio de ex-combatentes extremistas da Ucrânia, que pertencem a diversos grupos neonazistas. A Itália vem enfrentando de maneira mais firme os grupos neofascistas e neonazistas, especialmente, após o mais famoso deles, o Força Nova, invadir a sede de um sindicato em Roma para intimidar os funcionários do local. Essas organizações também estão se unindo a grupos antivacina para fazer protestos, por vezes, violentos em várias cidades italianas.
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