Heilongjiang, conhecida como o "grande celeiro do norte" da China, é a mais recente área a sofrer as consequências do Doksuri, que matou ao menos 20 pessoas, deslocou milhares e inundou Pequim e várias outras cidades desde que atingiu o sul há uma semana.
Por Redação, com Reuters - de Pequim
A chuva atingiu áreas da maior província produtora de grãos da China nesta sexta-feira, deixando fazendas submersas e piorando as enchentes que já inundaram cidades em todo o país enquanto equipes de resgate lutam para conter os estragos causados pelo tufão Doksuri.
Heilongjiang, conhecida como o "grande celeiro do norte" da China, é a mais recente área a sofrer as consequências do Doksuri, que matou ao menos 20 pessoas, deslocou milhares e inundou Pequim e várias outras cidades desde que atingiu o sul há uma semana.
Em Heilongjiang, as autoridades advertiram os moradores para esperarem um clima mais severo, incluindo tornados, e levantaram o alerta de inundação duas vezes desde a noite de quinta-feira. Algumas áreas podem ter mais de 100 mm de chuva em poucas horas, acrescentaram.
O maior e mais antigo campo petrolífero da China em Daqing também está localizado em Heilongjiang.
Na inundada capital da província, Harbin, dois veículos caíram em um buraco que apareceu em uma via expressa perto de um rio, informou a mídia local. Os arrozais também foram inundados e os moradores das áreas baixas foram instruídos a sair, informou a mídia local.
Um vídeo amplamente compartilhado nas redes sociais mostrou uma cabra encalhada no topo de um telhado e um porco tentando nadar contra as enchentes.
Tempestades e inundações
As tempestades e inundações também provocaram cortes de energia na cidade vizinha de Shangzhi, onde os supermercados estavam ficando sem produtos, de acordo com relatos da mídia.
– Só consegui algumas garrafas de água mineral e duas caixas de macarrão instantâneo – disse um morador de Shangzhi à mídia local depois de correr para o supermercado após os alertas de tempestade.
Mais ao sul, na região de cultivo de milho de Jilin, as autoridades montaram acampamentos para as 12.550 pessoas que deixaram a cidade de Shulan, onde até 484,7 mm de chuva caíram nos últimos três dias, informou a mídia estatal.
As inundações generalizadas em toda a China danificaram terras agrícolas e áreas industriais, levando investidores ansiosos a buscarem mais informações de empresas listadas nas bolsas de valores locais.