Rio de Janeiro, 19 de Maio de 2025

Instituição europeia registra imagem inédita da antimatéria

O CERN registra a imagem mais detalhada da antimatéria com um sensor modificado de celular, revelando fragmentos de aniquilação com alta resolução.

Quinta, 03 de Abril de 2025 às 14:02, por: CdB

O sensor também foi capaz de revelar a trajetória dos fragmentos de aniquilação resultantes com a maior resolução já alcançada em um detector de pixels.

Por Redação, com ANSA – de Bruxelas

A Organização Europeia para a Investigação Nuclear (Cern) capturou a imagem mais detalhada da antimatéria, feita através de uma câmera de quatro bilhões de pixels modificada a partir de um sensor de um celular.

Instituição europeia registra imagem inédita da antimatéria | Resultado foi estabelecido a partir de um experimento chamado Aegis
Resultado foi estabelecido a partir de um experimento chamado Aegis

O resultado foi estabelecido a partir de um experimento chamado Aegis, conduzido em colaboração com o Instituto Nacional de Física Nuclear (INFN) e publicado na revista Science Advances.

O pesquisador Ruggero Caravita declarou entrevista à agência italiana de notícias ANSA que o grupo alcançou um “marco”, além de avaliar que o resultado permitirá obter medições quase impossíveis atualmente.

– Com essa resolução extraordinária, também somos capazes de distinguir os diferentes tipos de fragmentos de aniquilação, fragmentos nucleares, partículas alfa, prótons e píons, e isso nos permitirá dar um salto adiante na compreensão das interações entre antiprótons de baixa energia e materiais – analisou o italiano.

Imagem em câmeras de celulares

Os especialistas do Aegis começaram com um sensor de imagem em câmeras de celulares, comumente usado para transformar luz incidente em uma imagem digital, e o modificaram para atuar como um detector de partículas.

O experimento ainda estabeleceu um novo recorde mundial na resolução da capacidade de capturar o momento em que matéria e antimatéria, em contato, se destroem mutuamente.

O sensor também foi capaz de revelar a trajetória dos fragmentos de aniquilação resultantes com a maior resolução já alcançada em um detector de pixels.

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