Rio de Janeiro, 13 de Junho de 2025

IA supera ransomware como maior ameaça digital, aponta estudo

Um estudo revela que a inteligência artificial se tornou a principal preocupação em segurança digital, superando o ransomware. Descubra as implicações para as empresas.

Terça, 20 de Maio de 2025 às 14:54, por: CdB

As preocupações sobre ransomware, malware e extorsão de dados são a principal fonte de preocupação para 21% dos entrevistados pela pesquisa.

Por Redação, com Reuters – de Washington

A inteligência artificial se tornou a principal preocupação sobre segurança eletrônica para líderes de área de tecnologia da informação, de acordo com um novo relatório da Arctic Wolf.

IA supera ransomware como maior ameaça digital, aponta estudo | IA ultrapassa ransomware como principal preocupação de segurança digital
IA ultrapassa ransomware como principal preocupação de segurança digital

O relatório sobre tendências 2025 da empresa pesquisou mais de 1,2 mil tomadores sênior de decisão de TI e segurança digital em 15 países e afirma que 29% deles citam a IA como principal preocupação, ultrapassando a fatia de ransomware, que é um tipo de ataque em que softwares sequestram o acesso a sistemas eletrônicos das vítimas que são depois cobradas por criminosos para pagarem resgate para terem suas informações recuperadas.

As preocupações sobre ransomware, malware e extorsão de dados são a principal fonte de preocupação para 21% dos entrevistados pela pesquisa.

Cerca de 52% dos pesquisados confirmaram terem sofrido violação de seus sistemas no ano passado, em comparação com 48% do levantamento anterior, e 97% das violações conhecidas foram divulgadas. A Arctic Wolf destacou esse fato como um progresso na conformidade normativa e na transparência de incidentes.

Os ataques significativos permanecem generalizados, com 70% das organizações sofrendo pelo menos um ataque digital significativo em 2024.

O malware e o comprometimento de emails comerciais foram os tipos de ataque mais comuns, relatados por 35% dos entrevistados, superando ransomware e filtração de dados (23%), de acordo com o relatório.

Além disso, a pesquisa apurou que quase dois terços (64%) dos ataques digitais significativos levaram a uma perda de produtividade que durou pelo menos três meses, afetando 45% das organizações em geral.

Para algumas empresas, as interrupções duraram ainda mais, com 24% das organizações sofrendo perdas de produtividade por seis meses ou mais.

O relatório destacou que mais da metade das organizações que sofreram um ataque significativo não havia implementado a autenticação multifatorial (MFA).

A Arctic Wolf enfatizou que uma MFA forte e resistente a phishing deve ser um elemento fundamental da postura de segurança de uma organização, ajudando a impedir o acesso inicial e a frustrar as ações de invasão.

As descobertas também revelaram que negociadores profissionais em casos de ransomware ajudaram a reduzir os pagamentos de resgate.

Ransomware

Entre as organizações atingidas por ransomware, 76% pagaram o resgate, em comparação com 83% no ano passado. Dessas, 90% contrataram um negociador profissional, o que resultou na redução dos pagamentos em mais da metade dos casos.

Por outro lado, apenas 30% das organizações que lidaram com as negociações por conta própria conseguiram garantir uma redução nos valores cobrados pelos criminosos.

O relatório indicou vários motivos pelos quais as organizações optaram por pagar um resgate, sendo que os mais populares foram evitar a liberação de dados roubados a terceiros, evitar os custos associados à recuperação dos dados e evitar problemas com tempo de inatividade e operações afetadas.

Embora 84% das organizações usem soluções de segurança de última geração, apenas 40% relataram ter visibilidade e cobertura totais, com expectativas de mantê-las, segundo o relatório.

– Ao deixar lacunas, essas organizações estão convidando o risco – disse Arctic Wolf.

O relatório também destacou que 99% das organizações estabeleceram ou estabelecerão em breve uma política sobre o uso de ferramentas de IA no local de trabalho.

“A IA continuará a remodelar o cenário da segurança digital, mas o desafio aqui não é reinventar essa segurança, é evoluir e se adaptar reforçando e ampliando as estruturas e os controles existentes, permitindo que as equipes gerenciem os riscos impulsionados pela IA sem terem de reformular toda a infraestrutura de segurança”, afirmaram os pesquisadores.

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