Essa análise identificou um conjunto central de genes de estresse, um conjunto de genes envolvidos na tolerância da planta a 10 condições ambientais adversas simultâneas.
Por Redação, com Europa Press – de Barcelona
Uma equipe internacional de pesquisa liderada pela Universitat Politècnica de Catalunya – BarcelonaTech (UPC) decifrou os mecanismos de adaptação das plantas às mudanças climáticas aplicando técnicas de Inteligência Artificial (IA).

De acordo com a universidade em um comunicado nesta terça-feira, técnicas avançadas de aprendizado de máquina foram usadas para identificar, “pela primeira vez”, os genes que permitem que as plantas respondam simultaneamente a várias formas de estresse ambiental.
A pesquisa, publicada na revista Nature Communications, demonstra uma nova abordagem para a análise do estresse multifatorial em escala genômica e “abre as portas para a criação de culturas mais resistentes às mudanças climáticas”.
Estudo
Foram analisados mais de 500 transcriptomas – os conjuntos de todas as moléculas de RNA presentes nas células – da planta modelo Arabidopsis thaliana submetida a diferentes condições de estresse.
Essa análise identificou um conjunto central de genes de estresse, um conjunto de genes envolvidos na tolerância da planta a 10 condições ambientais adversas simultâneas, e a equipe descobriu o papel regulador do etileno, “que atua como um fator crítico nessa resiliência”.
O etileno, um hormônio vegetal presente em todos os estágios do desenvolvimento da planta, “coordena e modula a ativação dos principais genes que sustentam essa resiliência”, e a equipe acredita que essas descobertas permitirão que eles criem estratégias para novas variedades de plantas mais adaptadas às mudanças climáticas.