Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Homem invade aldeia indígena em Paraty e faz ameaça de morte

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Terça, 24 de Janeiro de 2023 às 09:35, por: CdB

Os ataques, invasões e constantes ameaças de morte contra os Indígenas Guarani Mbyá e Nhandéva, que vivem no local, se intensificaram desde 2017, quando a ocupação foi reconhecida pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

Por Redação – do Rio de Janeiro

Indígenas da aldeia Tekohá Djey, em Paraty, no Sul Fluminense tiveram as terras invadidas na manhã de segunda-feira e receberam ameaças de morte.

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Indígenas da aldeia Tekohá Djey, em Paraty, no Sul Fluminense tiveram as terras invadidas

Segundo relatos dos próprios indígenas, um homem que ainda não foi identificado entrou na aldeia sem autorização, fez vários xingamentos às pessoas e disse: “vou matar índio, vou matar mesmo!”

De acordo com informações de quem mora no local, esta é a segunda vez que as terras são invadidas este ano.

A vice-cacique da Aldeia, Neusa Kunhã Takuá Martine informou que as providências já estão sendo tomadas: além de registrar a ameaça na delegacia de polícia local, ela acionou o Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY) e a Articulação dos Povos Indígenas ( ARPIN Sudeste).

O Tekohá Dje’y é uma comunidade indígena Guarani Mbyá e Nhandeva no Rio Pequeno, município de Paraty, Rio de Janeiro, composta por 43 pessoas e que ocupa aproximadamente oito hectares. Como é comum neste tipo de território, a área sofre com invasões de terras, desmatamento e caça ilegal.

Constantes ameaças de morte

Os ataques, invasões e constantes ameaças de morte contra os Indígenas Guarani Mbyá e Nhandéva, que vivem no local, se intensificaram desde 2017, quando a ocupação foi reconhecida pela Fundação Nacional do Índio (Funai). O fato mais grave foi o assassinato do filho do cacique Demércio, João Mendonça Martins, em 2018, durante conflito com posseiros. Desde então a comunidade vem sofrendo inúmeras ameaças por parte de moradores, madeireiros e posseiros que vivem na região.

Após a invasão do território indígena nesta segunda-feira, as lideranças indígenas do local pedem mais proteção e segurança: “Não é de hoje que o nosso povo vem sofrendo ameaças. Nós continuamos resistindo e pedindo proteção às autoridades. Após fazermos o registro oficial sobre mais este fato,

vamos informar ao Estado e aguardamos ações concretas. Estamos divulgando as informações, pois apostamos na solidariedade e na ação comum da sociedade. Respeito e dignidade é o que queremos,” disse Neusa Kunhã.

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