O júri popular, contudo, condenou Marotti a 19 anos e quatro meses de reclusão pelo crime de incêndio seguido de morte das mulheres, mas absolveu o réu pelo crime de homicídio qualificado, consequentemente, pelo duplo feminicídio.
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
Rodrigo Marotti, acusado de cometer duplo feminicídio em outubro de 2019, ao matar a ex-namorada Alessandra Vaz e a amiga dela, Daniela Mousinho, foi absolvido pelo júri popular de Nova Friburgo, na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. A sentença foi lida pela juíza Simone Dalila Nacif nos primeiros minutos desta quarta-feira. O caso gerou muita comoção na época. E no fim da tarde de terça-feira, quando teve início o julgamento, houve muitos protestos na entrada do Fórum de Nova Friburgo. Marotti, que está preso na capital fluminense, entrou no local aos gritos de "assassino". Segundo o jornal A Voz da Serra, que acompanhou as mais de 12 horas de julgamento, as sustentações orais da acusação e da defesa foram calorosas. O promotor Rodrigo Nogueira iniciou sua fala se solidarizando com as vítimas e os familiares e apontou o caso como o mais chocante em cinco anos de trabalho. Ele reproduziu áudios de conversas entre Alessandra e Rodrigo, que era seu sócio. Segundo o jornal, a vítima estava triste com o fim do relacionamento e tinha dificuldade de diálogo com Marotti. Ao final, o promotor afirmou que a sociedade não quer vingança, mas sim um julgamento justo, com uma condenação e uma pena de prisão condizente com os crimes que o acusado cometeu.